No Pré-Olímpico das Américas, o basquete feminino colocará em quadra, em Valdívia, Chile, entre os dias 26 e 30, a seleção mais modificada dos últimos dez anos, escreve o Estado de São Paulo. Será o primeiro teste da geração pós-Janeth. Das 12 atletas que disputaram o Mundial de São Paulo, em 2006, apenas as alas Iziane, Karen e Micaela e a pivô Êga permanecem no time. 'Era algo que tinha de ocorrer e foi agora. Vamos ver a conseqüência no Pré-Olímpico', diz Iziane, de 25 anos, na seleção desde 2001.
Apenas uma vaga estará em disputa no Chile para os Jogos de Pequim, em 2008. A seleção treina no Centro Olímpico, em São Paulo, até sábado, quando embarca para Valdívia.
Iziane, do Seattle Storm, da WNBA, se sente responsável por ajudar mais o grupo. 'Na semana em que cheguei, senti falta da Janeth, da Helen e da Alessandra. Tirando a Claudinha (armadora), que voltou, sou a mais experiente do grupo. Acho que tenho mais responsabilidade por estar há mais tempo.' A expectativa de Iziane é enfrentar os Estados Unidos na final do Pré-Olímpico. 'É um jogo só, quem sabe?'
A renovação era inevitável, segundo o técnico Paulo Bassul, de 39 anos, ele próprio chegando ao grupo, após dez anos de comando de Antônio Carlos Barbosa. 'O time está bem modificado. Foram oito mudanças. Jogadoras como Helen e Janeth encerraram a carreira. E há as que ficaram fora por outros problemas.' A armadora Adrianinha está nos EUA procurando clube; a pivô Érica, do Connecticut Sun, da WNBA, chegou em cima de hora e não teria tempo de se entrosar e a pivô Kelly foi cortada porque estava fora de forma. 'Ficamos com o melhor grupo no momento', afirma Bassul. O técnico vai anunciar o projeto de uma seleção de novas, de 15 a 23 anos, para aumentar a pequena base de atletas do basquete feminino no futuro.
Além de Iziane, Karen, Micaela e Êga, Bassul tem jogadoras que disputaram o Pan e seguem no grupo, como as alas Chuca e Tatiana e as pivôs Graziane, Ísis e Mamá. A veterana Claudinha, de 32 anos, volta à seleção depois de uma ausência de cinco anos. Bassul também tem a ala Karla e a pivô Franciele, de 19 anos, caçula e estreante, que não disputaram o Pan.
'É a seleção mais renovada desde 1996, quando cheguei ao grupo. Durante anos, saía uma ou outra jogadora', diz Claudinha, fora da seleção desde o Mundial da China, em 2002. 'A meta é estar na final, contra os EUA, e ali tentar tudo. Mas esse trabalho também serve para o Bassul ter um leque maior de jogadoras para o ano que vem', avalia a armadora, que defenderá o francês Clermont Ferrant.
No Pré-Olímpico, o Brasil está no Grupo A e terá como adversários na primeira fase a Argentina (dia 26), o Chile (27) e o México (28). No Grupo B estão Canadá, Cuba, EUA e Jamaica. Os dois primeiros de cada chave vão à semifinal e os vencedores disputam o título e a vaga para os Jogos de Pequim.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter