O italiano Fabio Cannavaro e a brasileira Marta ganharam o título do melhor jogador e melhor jogadora do ano nesta segunda-feira na festa de gala da Fifa em Zurique, na Suíça.
Cannavaro, que é capitão da seleção que conquistou a Copa do Mundo na Alemanha em julho, obteve 498 votos. Ele disputava o título de melhor jogador do mundo com o francês Zinedine Zidane (454), aposentado após a Copa, e com o brasileiro Ronaldinho Gaúcho (380), do Barcelona.
O zagueiro italiano já havia sido eleito o melhor jogador de futebol do mundo em 2006 pelas revistas World Soccer e France Football. Após receber a homenagem da entidade máxima do futebol, o defensor do Real Madrid pediu respeito aos críticos.
Este ano foi incrível, não posso pedir mais nada desta temporada. É importante estar aqui e espero que isso silencie a todos que têm me criticado, declarou nesta segunda-feira, depois de ser apontado pela entidade máxima do futebol como melhor jogador da temporada.
Ele ainda revelou que vê o prêmio como uma resposta àqueles que não queriam um jogador de defesa como melhor do mundo. É uma espécie de revanche, ainda que eu creia que não criticavam a minha pessoa, porque não sou tão antipático. Criticaram dar o prêmio a um zagueiro, mas acho que se pode dar um prêmio a um jogador de defesa, se ele foi o melhor da temporada, finalizou.
Marta, que no ano passado ficou em terceiro lugar, neste ano somou 475, deixando para trás a norte-americana Kristine Lilly, que ficou com o segundo lugar (388 pontos), e a alemã Renate Lingor, que terminou em terceiro, com 305 pontos.
Marta, que foi a primeira sul-americana a receber o prêmio não conseguiu disfarçar a emoção. "Primeiro, queria agradecer a Deus por tudo que consegui até agora. Aos meus familiares, ao meu clube na Suécia. Enfim, àquelas pessoas que me ajudaram a chegar até aqui. Vou trabalhar firme para voltar aqui mais vezes", disse a jogadora, que cobrou mais apoio da CBF.
"Estar aqui já é uma vitória para mim. No Brasil, falta interesse em apoiar o futebol feminino, não há empresários que queiram criar um campeonato profissional. Talvez a CBF pudesse conversar com os clubes para pedir-lhes que criem uma liga feminina, pois isso seria muito útil para a Seleção", desabafou.
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