O alemão Michael Schumacher, heptacampeão do mundo, anunciou ontem sua retirada da Fórmula 1 ao final da temporada de 2006, confirmando os boatos surgidos nas últimas semanas.
Emocionado pela vitória conquistada no GP da Itália, em Monza, e por toda a recepção da torcida no pódio, o piloto da escuderia italiana esteve próximo de derrubar lágrimas ao fazer o anúncio oficial.
"É minha última corrida em Monza. Vou me aposentar", afirmou o alemão, já com a voz embargada. Michael vai embora levando muitos recordes que serão difíceis de superar: sete títulos do Mundial - e na luta pelo oitavo -, 247 GPs disputados (178 pela Ferrari), 90 vitórias, 68 poles e 75 voltas mais rápidas.
"As palavras não bastam. Não importa o que disser agora, nunca poderei expressar o quanto amo este mundo fascinante dos esportes motorizados e tudo que ele me deu. Do kart à F-1, vivi momentos que jamais esquecerei. Estou profundamente agradecido por tudo o que tive", disse um comunicado da Ferrari lido após na entrevista coletiva posterior à corrida.
"Quero agradecer a todos os que me acompanharam, apoiaram e inspirado desde minha infância. Quero agradecer especialmente a Corinna e meus dois filhos, que me deram a força para fazer o que fiz", afirmou.
Cada vez mais emocionado, ele disse: "Todos estes anos na Fórmula 1 foram fantásticos, especialmente os que passei junto a meus amigos nesta escuderia. Em breve meu futuro pertencerá à minha família, mas me alegro em continuar fazendo parte da Ferrari. No entanto, agora o que importa é este Mundial".
Após agradecer sua família, pilotos rivais e companheiros da Ferrari, Schumacher elegeu o brasileiro Felipe Massa como seu substituto.
"Vejo Massa como um piloto muito talentoso, é hora de ele se destacar. Felipe Massa é meu substituto", disse o alemão, sem citar o finlandês Kimi Raikkonen como novo integrante da Ferrari.
O finlandês, conhecido por sua frieza dentro e fora das pistas, ficou longe de demonstrar emoção pela aposentadoria de Schumacher.
"Não sinto nada por sentar no lugar de Schumacher. Quando fui para a McLarem substituí o bicampeão Mika Hakkinen. O importante é ir para a Ferrari", afirmou Raikkonen.
"Eu tinha duas opções. Após cinco anos na McLarem, achei melhor escolher a Ferrari", completou.
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