Por Cristiano Alves
Diariamente vemos nos noticiários notícias escandalosas, quase sempre baseadas em fraudes, feitas com propósito político e mercadológico. Essa "fábrica de escândalos", que funciona sem qualquer ética, tem pouca ou nenhuma credibilidade e absolutamente nenhuma imparcialidade, uma vez que é mero reprodutor da ideologia americana pró-imperialista, declara a si mesma como "imparcial e de credibilidade". Atualmente, um alvos escolhidos por estes pseudo-profissionais do jornalismo é a Coréia, no plano internacional.
Durante os jogos da Copa do Mundo, desde que houve o anúncio oficial dos jogos da seleção da República Democrática Popular da Coréia (adiante RDPC), os meios de comunicação brasileiros, cumprindo o papel de lacaios do governo imperialista americano, iniciaram uma série de boatos contra a RDPC. É um fato que grande parte dos fãs de futebol, talvez a maioria, está pouco se importando com política, está interessado apenas em ver a bola rolar em campo, fantásticos dribles ou passes, sensacionais defesas, ou ainda em tomar a sua cerveja enquanto a sua companheira reclama, ou sair com os amigos ou namorada para assistir uma partida de futebol, havendo ainda aqueles que querem apenas descansar após dias de trabalho. Entretanto, tudo isso não bastava para a mídia. Era necessário criar um clima de sensacionalismo e terror, evocar bruxas e demônios que causassem nojo e repulsa no torcedor ao ouvir o nome "Coréia do Norte".
Após o sorteio dos jogos da Copa de 2010, "jornalistas esportivos", em realidade agentes políticos, aproveitaram-se da boa-fé do telespectador para divulgar em rede nacional a idéia de que "a Coréia do Norte não transmitiram os jogos ao vivo, fariam apenas reprise dos jogos em que ganhassem", e um dos repórteres, ainda adicionava de forma maliciosa que "isto é, nenhum". O próprio jornal "O Globo" uma notícia falsa a respeito, chegando ao absurdo de dizer que Kim Jong Il "criou uma lei permitindo apenas a divulgação das vitórias da seleção de futebol da Coreia do Norte. Apesar do caráter difamatório da matéria, sem quais quer provas das alegações, as mesma admitia que "o país não paga pelos direitos de transmissão cobrados pela Fifa", o que causaria o absurdo de privar 99% da população coreana de assistir aos jogos da Copa, num país onde o futebol é tão popular quanto o tae kwon do no Brasil, uma vez que temos até campeonatos de Tae Kwon Do transmitidos na TV, não é?
Com o início da Copa, foi de conhecimento da mídia internacional que os jogos foram transmitidos para o público coreano, aliás, com uma brilhante estréia onde um país que até então sequer tinha time de futebol profissional empatou com a seleção do mundo com mais títulos na história do futebol, a seleção brasileira. Enfim, a medida que eram criadas, as mentiras sobre a Coréia iam caindo uma a uma, como um castelo de cartas, algo que talvez seria impensável há 20 anos atrás, onde o monopólio da informação era bem maior.
Foi no contexto dos boatos e intrigas midiáticas que surgiu o site "Solidariedade à Coréia Popular", editado pelos brasileiros Alexandre Rosendo, Gabriel Martine, Dionata Ossovsky, André Ortega e Diego Pacheco. Seu enfoque principal é publicar notícias vergonhosamente omitidas pela mídia nacional, que é mestra em difundir notícias tendenciosas e falsas. Uma das matérias que surpreendeu ao público foi sem dúvidas aquela sobre um americano que fugiu para a Coréia do Norte, algo até então impensado pela maioria da população, outra, bem recente, fala sobre u sul-coreano preso por criar um blog favorável à Coréia do Norte. Esse tipo de notícias jamais aparece na mídia de grande circulação, sendo um marco que um site brasileiro possa ir tão longe no assunto. Outra reportagem feita com grande profissionalismo é a entrevista ao único membro ocidental do governo da RDPC Alejandro Cao de Benós.
O legado do sítio "Solidariedade à Coréia Popular" sem dúvidas produziu um efeito inesperado até mesmo por seus autores. Hoje, em fóruns ou ambientes de discussão, a Coréia Democrática era praticamente indefensável, falava-se em "milhões de mortos", em "cidadãos robóticos" ou "zumbis", imagem que viria a ser contestada com o surpreendente acontecimento de um "jogador de futebol norte-coreano chorar" e dizer que "mesmo estando no Japão, prefere ficar na Coréia do Norte", e abordada no site "Solidariedade à Coréia Popular", que mostra fatos que o leitor jamais encontrará na mídia de massa.
De fato, iniciativas que visem a contestação de uma mídia tão subserviente e falsa são importantes passos na luta de classes, uma vez que tiram o indivíduo da escravidão midiática, fornecendo opções que futuramente venham a substituir um jornalismo marrom, caluniador e anti-ético, criado pela burguesia, e que numa sociedade futura onde imperem os valores da liberdade e da democracia venham a substituir o lixo que hoje predomina em nossos tempos.
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