Os angolanos estão em comemoração nesta terça-feira (11), quando celebra-se o 33º aniversário da independência nacional. Neste dia, Angola tornou-se um país livre de Portugal.
A data, feriado nacional, é celebrada com diversos eventos oficiais e populares em todo o país e junto das comunidades angolanas no exterior. Na Rússia, a Embaixada de Angola promove uma festa para convidados. O Pravda.ru participará com uma representante da redação, Lyuba Lulko.
No período da independência e décadas depois, a União Soviética juntamente com Cuba deram apoio ao Movimento Popular de Libertação da Angola (MPLA). A Rússia participou enviando especialistas militares entre 1975 e 1990, e auxiliando na formação das suas forças armadas. Na ocasião, passaram cerca de 11 mil conselheiros, especialistas e tradutores militares soviéticos no país.
Em 1976, oTratado geral de Amizade e Cooperação formalizou as boas relações entre Rússia e Angola, que permanecem até os dias de hoje. A cooperação russa está presente nos sectores energético (petróleo) e mineiro, financeiro e bancário, madeireiro e das pescas, da metalomecânica, equipamentos agrícolas e transportes, da indústria alimentar e, ainda, da defesa, segurança (prevenção do tráfico de droga) e educação (com bolsas de estudo).
A independência de Angola não veio facilmente. Ela foi marcada por muitos conflitos. Mesmo após sua conquista, o povo angolano sofreu com a guerra civil que deixou muitos mortos. Neste ano, foram realizadas eleições legislativas em Angola, as primeiras desde o fim da guerra civil em 2002 , e MPLA foi o vencedor. A população participou ativamente das eleições, que foram acompanhadas por vários grupos de observadores internacionais, como a da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a da União Européia.
Mais comemorações
No Brasil, onde vive uma numerosa comunidade, o evento será comemorado em várias capitais. Em Brasília, o Dia Nacional angolano é festejado com uma recepção na residência do embaixador Leovigildo da Costa e Silva.
Revelação sobre a guerra
O Jornal Correio da Manhã divulgou nesta semana que a situação antes nos meses antes da indepência de Angola eram tão difíceis que a Rússia teria dado autorização para que seus militares participassem nos combates ao lado do MPLA contra a UNITA e contra a FNLA. Quem fez esta revelação foi um ex-primeiro secretário da embaixada soviética no Congo-Brazzaville, Boris Putilin.
O ex-primeiro secretário diz: Na véspera dos acontecimentos decisivos de 11 de novembro de 1975 recebemos de Moscou um telegrama codificado que autorizada diretamente os nossos especialistas militares a participarem de ações de combate ao lado das forças do MPLA e das tropas cubanas.
O tradutor militar Andrei Tokarev também afirmou que oficias e sargentos russos especialistas militares ministraram treino aos soldados e oficiais do MPLA e montaram uma vase em Luanda.
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