Os Índios Cintas-Largas em Rondônia sequestraram ontem (09) e mantêm como reféns um espanhol que é o oficial do alto comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, David Martins Castro, e mais 4 brasileiros entre eles o procurador da República no Estado, Reginaldo Pereira da Trindade. Outros três funcionários são um funcionário da Funai , um motorista e uma mulher cuja identidade se desconhece.
Eles visitavam a Reserva Roosevelt, onde ficam as aldeias indígenas da etnia. O delegado sindical da cidade de Espigão do Oeste, Celso Fantim, contou ao Estado de São Paulo que o seqüestro foi comunicado às autoridades locais por meio de um bilhete entregue por um dos índios.
Segundo Europa Press , que cita o oficial da Polícia Federal , Sérgio Fontes, os visitantes não avisaram sobre sua viagem.
A assessoria da Polícia Federal disse que só foi informada do seqüestro pelo Ministério Público, no início da tarde de ontem. Entre as reivindicações, os índios pedem a retirada de todos os processos judiciais contra eles, o abrandamento na fiscalização da Polícia Federal para conter o contrabando de diamantes na reserva e melhoria do serviço prestado pela Funai.
Os índios Cintas-Largas foram responsáveis pelo massacre de 29 garimpeiros em abril de 2004 e lutam para manter a soberania total sobre a Reserva Roosevelt. Eles querem o direito exclusivo de explorar as riquezas minerais e naturais.
O risco de alguma autoridade ser detida já havia sido comunicado, há três meses, à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ao Exército. Os riscos aumentaram há cerca de um mês, quando a PF apreendeu 44 diamantes contrabandeados.
Segundo Europa Press já 35 elementos da PF trabalham no local , mas devem permanecer em um lugar para garantir a segurança dos sequestrados. Também foi enviado um representante da Funai e um delegado para lhes atender .
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