Estado de Direito ressuscitado

Por estes dias terá ressuscitado o Estado de Direito em Portugal. Qual Fénix, para defender a propriedade privada e os trangénicos, ei-lo reaparecido depois de ter sido avistado moribundo em luta contra a estupidez, a pedofilia e a corrupção.

Quando a banca faz arredondamentos ilegalmente a seu favor, aproveitando o conhecimento que tem das primeiras técnicas de crime informático e esbulhando milhões de portugueses, o Estado de Direito serve para procurar evitar que os bancos - em crise, como se sabe - devolvam o que roubaram.

Quando um grupo organizado fora dos partidos usa os meios que (não) tem para fazer propaganda política, os que jamais souberam clarificar como são financiados os partidos chegam-se ao "Estado de Direito" para condenar tal concorrência. Do mesmo modo que a prometida livre circulação de bens e recursos financeiros num mundo globalizado, teoricamente para todos, por via de regulamentos acordados entre os que têm as armas, acaba por ter apenas um sentido, dos pobres para os ricos, que se tornam mais opulentos com a crise dos primeiros.

António Pedro Dores

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey