Brasil: Taxa de desocupação estável em Maio

A desocupação permaneceu pelo terceiro mês com a mesma taxa, e também ficou estável em relação a maio de 2006 (10,2%). O rendimento médio real da população ocupada (R$ 1.120,30) não apresentou variação estatisticamente significativa em relação a abril e cresceu 3,9% em relação a maio do ano passado.

Pesquisa Mensal de Emprego – Fonte IBGE

Base: Maio de 2007

Em maio, taxa de desocupação continua em 10,1%

A desocupação permaneceu pelo terceiro mês com a mesma taxa, e também ficou estável em relação a maio de 2006 (10,2%). O rendimento médio real da população ocupada (R$ 1.120,30) não apresentou variação estatisticamente significativa em relação a abril e cresceu 3,9% em relação a maio do ano passado.

A população desocupada (2,3 milhões) ficou estável em ambas as comparações. A população ocupada (20,5 milhões) não se alterou em relação a abril, mas cresceu 2,7% (548 mil pessoas) em relação a maio de 2006.

A Massa de Rendimento Real Efetivo da População Ocupada foi estimada em R$ 22,7 bilhões, com alta de 0,9% em relação a março e de 5,6% contra abril de 2006. Já o rendimento domiciliar per capita (R$ 697,40) ficou estável em relação a abril e subiu 4,1% comparado a maio do ano passado.

TAXA DE DESOCUPAÇÃO

Em maio de 2007 a taxa de desocupação foi estimada em 10,1% para o agregado das seis áreas abrangidas pela pesquisa, apresentando estabilidade na comparação com abril último. Mesmo comportamento foi observado em relação a maio de 2006.

Regionalmente, na comparação com o mês anterior, não foi observada movimentação nesta estimativa em nenhuma das regiões analisadas. No confronto com maio de 2006, a única região a apresentar variação significativa foi Recife, onde a taxa passou de 15,0% para 12,4% .

PESSOAS DESOCUPADAS (PD)

A Pesquisa Mensal de Emprego registrou estabilidade no contingente de desocupados (2,3 milhões) tanto na comparação com o mês anterior quanto na comparação com maio de 2006, no total das seis regiões pesquisadas.

No âmbito regional, em relação a abril último, não foi registrada nenhuma movimentação nesta estimativa. Confrontando com maio de 2006, pode ser verificada queda em Recife (-19,0%) e elevação em Salvador (17,5%).

Entre os desocupados, 55,5% eram mulheres, 8,0% tinham de 15 a 17 anos, 38,2% tinham de 18 a 24 anos, 46,9% de 25 a 49 anos e 6,2%, 50 anos ou mais.

Dentre os desocupados, 19,8% estavam em busca do primeiro trabalho e 24,8% eram os principais responsáveis na família. Com relação ao tempo de procura: 26,2% estavam em busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 46,8%, por um período de 31 dias a 6 meses; 6,7%, por um período de 7 a 11 meses; e 20,3% , por um período de pelo menos 1 ano. Em maio de 2005 47,5% , dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio concluído, em maio de 2006 , 48,3% e, na última pesquisa, atingiu 51,2%

PESSOAS OCUPADAS (PO)

A população ocupada foi estimada em 20,5 milhões em maio de 2007 e não se alterou em relação a abril, mas cresceu 2,7% (cerca de mais 548 mil pessoas ) em relação a maio de 2006.

Regionalmente, em relação a abril de 2007, houve movimentação significativa apenas entre os ocupados na Região Metropolitana de Salvador (2,2%) . Na comparação anual , houve altas em Salvador (7,5%), Belo Horizonte (2,9%) e São Paulo (3,1%).

Os homens representavam 55,7% da população ocupada, e as mulheres, 44,3% . A população de 25 a 49 anos representava 63,4% dos ocupados, e 53,8% destes tinham 11 anos ou mais de estudo.

A pesquisa estimou em 57,0% a proporção de pessoas trabalhando em empreendimentos com 11 ou mais pessoas e em 6,0% nos empreendimentos com 6 a 10 pessoas ocupadas, enquanto para aqueles empreendimentos com no máximo 5 pessoas ocupadas, a proporção era de 37,1% .

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, 50,0% da população ocupada cumpria uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 32,7%, acima de 45 horas semanais. Em média, 68,3% dos trabalhadores tinham aquele trabalho há pelo menos 2 anos; 11,4% há entre 1 ano a menos de 2 anos; 18,5% há entre um mês e um ano e apenas 1,8% menos de 1 mês.

Análise dos resultados com relação aos principais Grupamentos de Atividade

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,1% da PO) Estabilidade em relação a abril de 2007 e a maio de 2006, para o total das seis regiões. No enfoque regional, sem movimentações, tanto na comparação mensal quanto na anual.

Construção (7,1% da PO) No total das seis regiões, em ambas as comparações, estabilidade. No enfoque regional, em relação a abril, houve movimentação apenas na região Metropolitana do Rio de Janeiro (-9,4%) e, no confronto anual apenas em Belo Horizonte (11,5%).

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,3% da PO) Estabilidade em ambas as comparações, no total das seis regiões. No âmbito regional, alterações em Salvador: 6,6% em relação a abril e 17,9% em relação a maio de 2006.

Serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (15,1% da PO) Estabilidade na comparação mensal e elevação de 9,9% em relação ao ano anterior, para o total das seis regiões. No enfoque regional, no confronto com o mês anterior apenas o Rio de Janeiro mostrou variação (5,8%). Na comparação anual, altas em Salvador (11,6%), Rio de Janeiro (11,4%), São Paulo (9,8%) e Porto Alegre (10,2%).

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,5% da PO) No total das seis regiões e no âmbito regional, em ambas as comparações, estabilidade.

Serviços domésticos (8,5% da PO) No total das seis regiões, estabilidade em relação ao mês anterior e alta (7,0%) em relação a maio de 2006. No enfoque regional, em relação a abril, alta apenas na RM de São Paulo (5,6%), mas na comparação com maio de 2006, altas em Recife (22,7%), Salvador (15,1%) e São Paulo (13,4%).

Outros serviços (Alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas, serviços pessoais) (16,7% da PO) Estabilidade em ambas as comparações, no total das seis regiões e também no enfoque regional.

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros) (42,2% da PO) Em relação a abril último, estabilidade. Frente a maio de 2006, alta de 3,9% ou mais 329 mil pessoas trabalhando com carteira de trabalho assinada.

Na análise regional, na comparação mensal, alta em Recife (5,8%). Em relação a maio de 2006, alta em Recife (9,8%) e Rio de Janeiro (5,6%).

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros) (13,9% da PO) Estabilidade em ambas as comparações para o conjunto das seis regiões.

No contorno regional, em relação a abril, movimentações em Salvador (8,0%) e São Paulo (-5,6%). Na comparação com maio de 2006, estabilidade em todas as regiões.

Trabalhadores por conta própria (19,4% da PO) Estabilidade na comparação mensal, e alta de 4,6% em relação a maio de 2006, para o total das seis regiões.

Na esfera regional, estabilidade em relação ao mês anterior. Na comparação anual, elevação em Salvador (13,4%) e São Paulo (9,9%), e queda em Recife (-8,1%).

RENDIMENTO MÉDIO REAL1

Em maio de 2007, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores no conjunto das seis regiões metropolitanas ( R$ 1.120,30) ficou estável em relação ao abril e cresceu 3,9% em relação a maio de 2006.

No enfoque regional, em relação a abril, houve alta em Salvador (5,6%) e declínio em Recife (-1,8%). Na comparação anual, elevações em Salvador (12,7%), Belo Horizonte (1,3%), Rio de Janeiro (9,1%), São Paulo (1,5%) e Porto Alegre (4,0%). Em Recife, declínio (-1,4%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação MENSAL

Para o total das seis regiões, registrou-se o seguinte quadro:

Empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado estabilidade no rendimento médio estimado em R$ 1.102,80 em maio de 2007.

Quedas em Recife (-0,8%) e Rio de Janeiro (-2,0%). Ganhos em Salvador (7,2%), Belo Horizonte, (1,2%) e Porto Alegre (1,3%). Em São Paulo o rendimento não se alterou.

Empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado alta (6,0%) no rendimento médio, estimado em R$ 746,40 em maio de 2007.

Queda em Recife (- 2,8%), altas em Salvador (0,6%), Belo Horizonte (4,6%) , Rio de Janeiro (6,7%), São Paulo (8,6%) e em Porto Alegre (3,5%).

Trabalhadores por conta própria , recuperação (0,4%), com rendimento médio de R$ 915,30.

Altas em Salvador (0,6%), Belo Horizonte (2,5%) e São Paulo (1,0%). Quedas em Recife (-0,9%), Rio de Janeiro (-0,5%) e

Porto Alegre (-1,0%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação ANUAL

Empregados com carteira assinada no setor privado , ( R$ 1.102,80) alta de 1,4% em relação a maio de 2006.

Altas em Recife (1,5%), Salvador (5,3%), Belo Horizonte (4,2%), Rio de Janeiro (2,7%) e Porto Alegre (4,7%). Estabilidade em São Paulo.

Empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado , ( R$ 746,40) alta de 12,2% .

Altas em Recife (15,7%), Salvador (26,7%), Belo Horizonte (9,7%), Rio de Janeiro (3,0%), São Paulo (16,2%) e Porto Alegre (4,8%) obtiveram ganhos no rendimento desta categoria.

Trabalhadores por conta própria, (R$ 915,30) recuperação (5,1%).

Altas em Recife (7,5%) , Salvador (5,7%) e Rio de Janeiro (21,2%) . Quedas em Belo Horizonte (-3,1%), São Paulo (-2,8%) e Porto Alegre (-1,2%).

Rendimento Médio dos Trabalhadores por Grupamento de Atividade

Na comparação com abril de 2007:

alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (6,3%); serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (5,6%) e serviços domésticos (2,9%).

queda: construção (5,1%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (3,3%) e outros serviços (4,8%).

Estabilidade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água.

No confronto com maio de 2006:

Alta: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (2,8%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (9,5%); serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (0,8%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (5,6%); serviços domésticos (7,3%) e outros serviços (3,2%).

Estabilidade no grupamento construção.

Rendimento Médio Real Domiciliar Per Capita dois

Em maio de 2007, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real domiciliar per capita ( R$ 697,40) ficou estável em relação a abril último e subiu 4,1% em relação com maio de 2006.

Em relação ao mês anterior, houve queda s em Porto Alegre (-0,9%), Belo Horizonte e Rio de Janeiro ambas com (-0,5%), e recuperação em Salvador (5,9%) e São Paulo (0,4%). Na comparação com maio de 2006, Salvador (12,9%), Rio de Janeiro (8,8%) e São Paulo (3,0%) obtiveram ganhos, porém Recife (-2,2%), e Belo Horizonte (-1,4%) registraram declínios.

Massa de Rendimento Real Efetivo da População Ocupada 3

A Massa de Rendimento Real Efetivo da População Ocupada (mês de referência abril de 2007), foi estimada em R$ 22,7 bilhões, com alta em relação a março (0,9%) e, contra abril de 2006, um expressivo crescimento de 5,6% .

Na comparação mensal, altas em Salvador (7,5%), Belo Horizonte (0,5%) e Rio de Janeiro (2,2%) e quedas em Recife (-2,0%) e São Paulo. No traçado anual, queda em Recife (2,0%) e altas em Salvador (18,9%), Belo Horizonte (2,1%), Rio de Janeiro (11,9), São Paulo (2,8%) e Porto Alegre (4,7%) .

Notas:

1 Rendimento habitualmente recebido

2Considerou-se como rendimento mensal domiciliar per capita a divisão do rendimento mensal domiciliar proveniente do trabalho, pelo número de componentes da unidade domiciliar, exclusive daqueles cuja condição na unidade domiciliar fosse pensionista, empregado doméstico ou parente do empregado doméstico.

3Soma dos rendimentos efetivamente recebidos em todos os trabalhos no mês de referência da pesquisa (mês anterior ao que está sendo divulgado).

Prof. Dr. Ricardo Bergamini


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