Este verão a Associação da Bandeira Azul atribuiu menos 15 galardões do que em 2006, autorizando, assim, 189 praias a içar a bandeira a partir de 1 de Junho. Um facto que contraria a tendência de aumento dos últimos cinco anos, escreve Diário de Notícias.
José Archer afirmou que a maioria dos galardões que se perdem este ano se justificam "com a falta de candidaturas das autarquias e não por falta da qualidade de água, por exemplo". Tendo em conta que Portugal tem cerca de 425 praias costeiras e mais 53 fluviais, as bandeiras abrangem quase metade das zonas balneares do país. As primeiras, recorde-se, foram içadas em 1987 em 67 praias.
Uma das principais razões para a ausência de candidaturas de algumas praias prende-se com obras junto a às zonas balneares no âmbito dos Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC). É o caso de Torres Vedras que penalizou Lisboa e Vale do Tejo. Paralelamente, certos municípios não procederam a análise quinzenal da qualidade das águas como obriga o respectivo regulamento da Bandeira Azul.
A região que mais perdeu distinções foi a de Lisboa e Vale do Tejo, dez no total, apesar da retribuição à praia de Carcavelos (Cascais), e das novas bandeiras para Morena (Almada) e Moinho de Baixo-Meco (Sesimbra). Seguiu-se, em termos de descidas o Algarve, com nove, e Açores, três. A região Norte conquistou 34 bandeiras azuis, menos uma do que em 2006.
Ainda a Associação Bandeira Azul monitoriza a qualidade das areias de 86 praias portuguesas. Trata-se de um projecto com dois anos e que poderá ser alargado a toda a Europa.
Em 2006, as análises à areia de 82 praias galardoadas revelaram que as da região centro eram as que tinham melhor qualidade. Pelo contrário, as zonas balneares com maior ocupação tinham pior qualidade, vulgo as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.
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