O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, pediu esta terça -feira (22) a demissão do cargo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao princípio da noite, o Palácio do Planalto divulgou nota onde é anunciada a saída de Rondeau do governo.
A demissão foi causada por investigações feitas pela Polícia Federal que indicam que Silas Rondeau teria recebido propina de R$ 100 mil da construtora Gautamo.
Numa outra nota, divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, Rondeau reafirma sua inocência e diz que deixa o governo para impedir que o setor energético seja prejudicado. Ele afirma ainda querer evitar que a imagem do governo seja de algum modo afetada
Rondeau foi indicado para o cargo por líderes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), nomeadamente o ex-presidente da República, José Sarney.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que as investigações devem prosseguir doa a quem doer. O presidente esteve reunido durante duas horas, antes de receber Rondeau, com o núcleo central do governo, para analisar a situação do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
Nos meios políticos de Brasília, o afastamento de Rondeau era apontado como inevitável. A "operação tem que prosseguir e ir a fundo, doa a quem doer", disse Lula.
A semana passada, durante a Operação Navalha, a PF prendeu Ivo Almeida Costa, assessor especial do gabinete do ministro.
A PF recolheu fitas gravadas por câmeras do serviço de segurança do Ministério de Minas e Energia. As imagens mostram uma funcionária da Gautama, Fátima Palmeira, entrando no ministério pelo elevador privativo no dia 13 de março. Ela carrega um envelope de cor parda, no qual a PF acredita que estavam R$ 100 mil.
Com agências
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