Brasil é 6º em ranking de combate à mortalidade infantil

Entre 60 países analisados pela Unicef, o Brasil é o sexto que mais progresso faz no combate à mortalidade infantil. O resultado foi divulgado no último dia 9, nos Estados Unidos, pela organização não governamental Save the Children, que atua em 27 países e há 75 anos presta serviços à infância em todos os continentes. O Brasil alcançou essa colocação porque reduziu à metade, de 60 para 33, a cada mil nascimentos, o número de crianças que morrem com menos de cinco anos de idade.

Este levantamento foi feito entre os anos de 1990 e 2005 e consta do relatório da Unicef denominado “ Estado das Crianças do Mundo 2007” . O estudo comparou a mortalidade infantil nos 60 países que respondem por 94% das mortes de crianças com menos de cinco anos no mundo. Equiparou, também, as soluções de baixo custo adotadas para a redução desses índices.

O estudo ressaltou que o Brasil segue quase todas as soluções, mas apenas 28% das crianças com menos de cinco anos que sofrem de diarréia recebem hidratação oral e alimentação constante. S egundo a Unicef, o Brasil tinha 62.194.000 de crianças e adolescentes em 2004, ano da mais recente estatística da organização.

O Egito registrou os maiores avanços, reduzindo a sua taxa de 104 para 33 mortes a cada mil nascimentos, ou seja, quase 70% de redução nos últimos 15 anos. Além dele, somente Indonésia, Bangladesh, Nepal e Filipinas conseguiram um percentual de melhoria maior que o do Brasil (45%).

Ainda conforme dados da Unicef, na América latina apenas Nicarágua (24º), Guatemala (26º), El Salvador (29º), República Dominicana (33º), Bolívia (38º) e Equador (42º) estão em situação pior que a do Brasil no combate à mortalidade infantil.

No mundo, o quadro mais dramático do setor é o do Níger e, entre os dez piores, só o Afeganistão (5º) não é país da África.

O presidente da Save the Children, Charles McCormack, disse que, "se 75 anos de experiência de campo nos ensinaram alguma coisa, é que a qualidade das vidas das crianças depende da saúde, segurança e bem-estar de suas mães".

A ONG diz ter acontecido "um grande salto" no Brasil e em outros países que melhoraram sua situação. Mas, esses países ainda "têm um longo caminho até alcançar resultados satisfatórios", concluiu Charles McCormack.

Larissa MERCANTE

BRASIL

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey