A cidadã britânica Sarah Wykes, que trabalha para a organização de direitos humanos Global Witness no âmbito da Campanha Internacional pela Transparência na Indústria Petrolífera «Publique o que Se Paga» foi presa e acusada de espionagem na Angola, disse a organização nesta segunda-feira.
Wykes, que estava em Cabinda para confirmar os anunciados progressos do governo angolano na transparência do sector petrolífero, foi detida no hotel na manhã de domingo e levada para a cadeia central de Cabinda.
A Policía confiscou grande parte dos seus haveres, inclusive uma máquina fotográfica e documentos de trabalho. Ela foi levada a um tribunal de Cabinda nesta segunda-feira, após passar a noite na prisão, disse Martin Nombo, um de seus advogados, à Reuters por telefone.
Ele acrescentou que teve que sair, assim como os outros dois advogados, do tribunal durante a permanência de Wykes no local.
"A prisão na qual ela está é ruim. Falta higiene, ventilação e água", afirmou Nombo. "Estamos vendo se podemos soltá-la esta noite e pagar a fiança (de 2.250 dólares) na quarta-feira."
Os bancos angolanos estão fechado na terça-feira devido a um feriado nacional.
Wykes disse à BBC após sua prisão que estava em Cabinda para uma reunião com grupos locais sobre a transparência das receitas relacionados a petróleo.
A Global Witness afirmou não haver evidências de espionagem e pediu que Wykes seja liberada. Esta não é a primeira vez que Sarah Wykes se desloca em trabalho a Angola. A activista, que já trabalhou para a Amnistia Internacional, é especializada no campo da transparência e combate а corrupção.
Já o dissemos, mas não é demais repetir que o Governo angolano continua a provar que não deixa os seus créditos por mãos alheias quando os assuntos são desrespeitar os Direitos Humanos e vincar que em Angola, contrariamente ao que era suposto, possível e desejável, ainda não há espaço para determinadas Liberdades, sobretudo para a de Expressão e outras que fazem mossa aos antigos marxistas hoje convertidos em "novos cristãos" de uma pretensa democracia que os angolanos não conhecem nem nunca sentiram de facto, disse João Melo, deputado à Assembleia Nacional pelo MPLA num colóquio realizado recentemente em Luanda .
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