Presidente português Cavaco Silva teve ontem um encontro com seu homólogo indiano, Abdul Kalam, no primeiro dia oficial da visita de Estado à Índia onde está a tentar abrir as portas às oportunidades de negócio para Portugal. Ao longo do dia, Cavaco manteve ainda encontros com o primeiro-ministro, Manmohan Singh e com líderes da oposição, como Sonia Ghandi.
"É preciso que a Índia compreenda o que é o Portugal do século XXI, o que significa ser membro da UE, ter um relacionamento privilegiado com África e com a América Latina, em particular o Brasil e que pertence à zona Euro, seguro, com uma economia aberta e que oferece excelentes possibilidades de investimento, disse presidente aos jornalistas ao final do dia de ontem.
Na embaixada portuguesa em Nova Deli, Cavaco assistiu à assinatura de um acordo entre a Fundação Champalimaud, liderada por Leonor Beleza, com o Prasad Eye Institute para criar o quarto maior centro de investigação oftalmológica do Mundo.
Cavaco Silva falou e também ouviu o que lhe disseram do outro lado da mesa. E assinalou que notou simpatia da parte dos líderes indianos, também interessados em Portugal como plataforma de penetração na UE que também faz a ponte com África.
O Chefe de Estado deu o exemplo da dimensão dos mercados europeu, com 500 milhões de pessoas, e indiano, com mais do dobro, 1.100 milhões, para justificar a aposta num país como a Índia, potência emergente com taxas de crescimento económico à volta dos sete por cento.
Outros países podem ter investido mais cedo nesta parte do mundo, mas o Presidente português tem esperança de recuperar tempo e de que os encontros entre os mais de 60 empresários portugueses que acompanham a visita do Presidente da República e empreendedores indianos, previstos para Nova Deli, Goa, Bombaim e Bangalore, tenham continuidade.
Deu como exemplos a visita, em Novembro, do primeiro-ministro, José Sócrates, ao país, após a cimeira UE-Índia, e a anunciada abertura de uma delegação da Agência Portuguesa para o Investimento (API) em Bombaim, a par do interesse do Governo em pressionar os ministérios a darem sequência às iniciativas que possam vir a ser lançadas durante a visita.
Com Lusa
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