Os controladores de vôo 1907 da Gol estão sob tratamento psiquiátrico, depois do acidente e por isso não vão depor no inquérito. Sobre isso noticiou ontem o Delegado da Polícia Federal Renato Sayão (foto), responsável pela investigação da queda do vôo 1907 da Gol, no dia 29 de setembro.
Os controladores iam ser ouvidos ontem (31) e anteontem, mas entraram com atestado psiquiátrico dizendo que estão de licença por 15 dias, afirmou em entrevista coletiva o delegado. Segundo ele, os dez controladores de Brasília vão ser ouvidos nos dias 16 e 17 no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) 1.
A reação dos controladores, amparando-se num atestado médico para não ir depor, torna tudo muito nebuloso.
Será que a causa do acidente foi falha humana? Será que autorizaram o Legacy a voar na mesma rota e em sentido contrário do Boeing? Será que o tráfego aéreo brasileiro não é tão seguro como se afirmava?
Há outras reações estranhas que alimentam as especulações, principalmente quando se assiste essa reformulação do tráfego aéreo que estabelece medidas antes não observadas agora os jatinhos particulares têm horário especial de vôo; as rotas de vôos para o Nordeste foram refeitas e o tempo entre as decolagens foi aumentado.
Tudo isto depois do acidente com o avião da GOL, o que leva à conclusão de que o sistema não operava antes com eficiência e segurança senão, teria sido mantido.
As autoridades também estão retardando as provas contidas na caixa preta, sob a alegação de que só deve liberá-las com autorização da Justiça que só pode decidir se for provocada e ninguém tomou tal providência.
Para engrossar o caldo das dúvidas, os pilotos norte-americanos Joe Lepore e Jan Paladino estão implorando para serem ouvidos no inquérito e ninguém os ouvem. O que eles querem dizer talvez já se saiba ninguém se arrisca no ar; se o Legacy entrou na rota do Boeing da GOL é porque alguém deve ter mesmo autorizado.
Com Agência Brasil
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