O delegado federal, Renato Sayão , que preside o inquérito sobre a tragédia com Boeing da Gol, declarou ontem na comitiva de imprensa que a Polícia Federal já sabe como aconteceu o acidente aéreo do dia 29 de setembro envolvendo o Boeing 737-800 da Gol e o jato Legacy 600 da Embraer. Porém, ele recusou-se revelar algo.
Eu já sei o que aconteceu. Temos todo o material sobre o controle do espaço aéreo, mas falta cruzá-lo com o que aconteceu na cabine e, para isso, precisamos que a Aeronáutica nos forneça o conteúdo das duas caixas-pretas.
Espera-se que a decifração do conteudo da recem-recuperada, a última caixapreta de gravação de voz do Boeing , ajude a investigar a tragédia. Atualmente esta caixa está em Canadá para análize.
Renato Sayão explicou que a Aeronáutica tem prioridade e não pode repassar os dados antes de concluir a investigação. Lamentou, no entanto, que o prazo para a PF concluir seu inquérito esteja prestes a encerrar vence no dia 6 e será necessário pedir prorrogação por 60 a 90 dias.
Nós temos que achar um culpado, eles não, e nós temos prazo para isso, declarou o delegado, referindo-se ao fato de que a investigação da PF se dá na esfera penal e a da Aeronáutica, no âmbito técnico.
No dia 17 de outubro, o ministro da Defesa, Waldir Pires, que o acesso às informações das caixas-pretas dos dois aviões envolvidos no acidente, o Boeing da Gol e o jato Legacy, demoraria um pouco.
De acordo com Renato Sayão, a PF também aguarda uma definição do Superior Tribunal de Justiça para saber se vai mesmo investigar. Se o STJ definir que é a competência é estadual, a PF sai do caso. Mas se for federal, vai entrar com pedido na Justiça para a Aeronáutica liberar os dados.
Com agências
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