Pelo sexto dia consecutivo, os aeroportos brasileiros voltaram a enfrentar problemas, nesta quarta-feira. A situação deve ficar ainda mais complicada ao longo do dia, já que é véspera do feriado de Finados. O caos está sendo provocado pela operação-padrão dos controladores de vôos. Desde a queda do avião da Gol, eles monitoram, no máximo, 14 aeronaves simultaneamente - como determina a legislação. Como o tráfego aéreo é intenso, a medida provoca atrasos.
Entrtanto o documento emitido em outubro de 2003 pelo Conselho de Aviação Civil (Conac), assinado pelo então ministro da Defesa, José Viegas Filho, já alertava para problemas com os controladores de võo e com a segurança no espaço aéreo brasileiro devido ao corte de verbas destinadas ao setor da aviação civil.
Documento alertava para a retenção de investimentos no setor, que poderia obrigar a Aeronáutica a adotar medidas radicais de restrição de vôos, com efeitos semelhantes ao da operação-padrão realizada há cinco dias pelos controladores. Nessa terça-feira (31) a operação provocou pelo menos 381 atrasos de vôos nos principais aeroportos.
O colapso do sistema estava previsto num item do texto que tratava das diretrizes para a gestão dos recursos do Fundo Aeronáutico e do Fundo Aeroviário. "A diminuição dos recursos aplicados nessa atividade pode obrigar o Comando da Aeronáutica, por medida de segurança, a adotar um controle de tráfego aéreo nos níveis convencionais existentes no passado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nessa terça de assessores na área da Aeronáutica providências imediatas. "Me tragam uma solução", desabafou,em reunião de emergência no Palácio do Planalto. O ministro da Defesa, Waldir Pires, acenou com a proposta de conceder gratificações aos controladores e prometeu abrir concurso para contratar 64 profissionais. Colaboraram Isabel Sobral e Tânia Monteir.
Agência Estâdo
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