Dezenove trabalhadores foram encontrados em uma fazenda a 600 quilômetros de São Luiz (MA) trabalhando em condições análogas a de escravos, divulgou hoje o Ministério do Trabalho e Emprego. Fiscais da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) no Maranhão, que resgataram os funcionários, relataram que eles eram aliciados em municípios do Estado e não recebiam salários há cerca de três meses.
Os trabalhadores retirados da fazenda Nova Esperança, no município de Bom Jardim, receberão seguro-desemprego durante três meses no valor de R$ 350 cada parcela. Eles foram inscritos no Programa Bolsa Família. Segundo o Ministério, o proprietário teve que arcar com R$ 18 mil em indenizações.
No local, de acordo com o relato dos fiscais, foram encontrados dois menores de 17 anos e uma criança de apenas três anos de idade acompanhada dos pais. Os empregados estavam divididos em três grupos. Parte deles encontrava-se alojada em um curral dividindo o espaço com vacas, bois, cavalos e outros animais. Outro alojamento foi construído no matagal. Lá, um trabalhador vivia isolado dos demais, num barraco de palha coberto com lona preta e sem proteção lateral.
Como nota a Ag ê ncia Estado as condições de trabalho oferecidas aos trabalhadores foram consideradas péssimas pelos auditores fiscais. Não havia água potável, a alimentação era precária, sem condição de higiene, e não tinham Equipamento de Proteção Individual (EPI).
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