Procurador-geral do Basíl apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra 40 pessoas.


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)  enviou à Procuradoria-Geral da República um pedido de investigação ao envolvimento do Presidente Lula da Silva no "mensalão", o esquema de compra de votos no Congresso Nacional.


O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, representante do Ministério Público Federal, vai decidir aceitar ou não o pedido da OAB para processar penalmente o Presidente.

A 09 de Maio, a OAB desistiu da proposta do pedido de destituição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas decidiu encaminhar ao Ministério Público Federal um pedido de investigação contra o chefe de Estado.

Segundo o presidente da OAB, Roberto Busato, a entidade resolveu afastar-se da solução política - o pedido de destituição -, alegando o envolvimento do Presidente no esquema do "mensalão" para aprovar uma "solução jurídica".

A OAB defende o aprofundamento das investigações sobre o alegado envolvimento de Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do "mensalão".

Em Abril, o procurador-geral  do Basíl apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra 40 pessoas, entre políticos, empresários e funcionários públicos, envolvidas no "mensalão".

No relatório, Antonio Fernando de Souza afirmou que o esquema era operado por uma "organização criminosa" comandada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), mas isentou o Presidente Lula da Silva de qualquer responsabilidade.

Na terça-feira completa-se um ano sobre a denúncia feita pelo ex-deputado Roberto Jefferson sobre a existência do "mensalão", que deu origem a uma das mais graves crises políticas brasileiras.

A 06 de Junho de 2005, Roberto Jefferson declarou que o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, fazia pagamentos a parlamentares em troca de apoio ao Governo.

As investigações das comissões parlamentares de inquérito (CPI) e da Polícia Federal confirmaram as denúncias de Jefferson mas, um ano depois, poucos foram punidos.

Dos 19 deputados acusados formalmente por uma CPI de envolvimento no esquema de compra de votos, apenas três tiveram seus mandatos suspensos: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Roberto Jefferson e o presidente do Partido Progressista (PP).

Outros quatro renunciaram antes da abertura do processo e onze foram absolvidos pela Câmara e conseguiram manter os seus mandatos. Falta apenas o julgamento de um deputado.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a maioria dos assessores dos sete deputados que perderam o mandato devido ao "mensalão" está a trabalhar hoje em gabinetes de outros deputados ou em órgãos da Câmara, sem concurso público.

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Lulko Luba