Segundo as agéncias de notícias de Angola , o País quer realizar as suas exportações para os Estados Unidos da América. Além do petróleo e diamantes, ao abrigo do Agoa, a Lei americana permite a alguns países africanos exportarem os seus produtos para o exigente mercado dos EUA isentos de impostos alfandegários.
Da lista de produtos elegíveis a exportação, constam, entre outros, o milho, derivados de peixe, café, ananás, madeira e algodão e, por isso, o Ministério do Comércio está apostado na reforma institucional para permitir, proximamente, a criação de um Instituto de Fomento às exportações.
Ontem, durante uma video-conferência, organizada pelo Ministério das Relações Exteriores, Banco Mundial e Embaixada dos EUA, sobre o Agoa, o ministro do Comércio, Joaquim Icuma Muafumba, disse que pretendemos exportar para os EUA uma variedade de produtos, isentos de taxas alfandegárias, de acordo com o sistema geral de preferência.
Ele reconheceu, contudo, que muitos países em África, associados ao Agoa não tem capacidade técnica suficiente para gerir os requisitos ambientais e de saúde, laboratórios, pessoal qualificado, para além dos dados não serem sistematicamente colectados e actualizados.
Se considerarmos a sua posição competitiva, Angola com 1.700 dólares de produtividade média por trabalhador, um dos mais baixos da região Austral, não há dúvidas de que a produtividade e competitividade sejam elementos fundamentais para o crescimento e prosperidade, sublinhou Icuma Muafumba, acrescentado que há evidências que demonstram que o impacto do Agoa em Angola dependerá, em última instância de resposta da sua oferta.
Presente na vídeo-conferência, o empresário José Severino traçou um cenário optimista para Angola nos próximos tempos, como resultado da estabilidade que regista, enumerando uma série de produtos, que, a seu ver, podem conferir ao país uma posição privilegiada para as importações norte-americanas, como pescas, agricultura e pesca.
Desde a eleição de Angola para o Agoa, o Governo criou um grupo multi-sectorial que trabalhou na estratégia para a sua implementação, segundo Balbina Silva, do Ministério das Relações Exteriores. Sublinhou, no entanto, que tal requer uma organização interna. Foi o que nós fizemos, criamos primeiro a estratégia para depois sabermos o que exportar e o como exportar.
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