A inflação na Ucrânia já atinge os 272 por cento ao ano (não oficialmente) e quem o diz é o
Washington Post . Para esta fonte estado-unidense, a situação está a piorar pois a taxa já vai nos 64,5 por cento mensais - o que, em termos anualizados, daria uma taxa de 39 mil por cento!
Alguém acredita que tal situação seja viável?
A inflação na Ucrânia já atinge os 272 por cento ao ano (não oficialmente) e quem o diz é o
Washington Post . Para esta fonte estado-unidense, a situação está a piorar pois a taxa já vai nos 64,5 por cento mensais - o que, em termos anualizados, daria uma taxa de 39 mil por cento!
Alguém acredita que tal situação seja viável? Nem o FMI, que concede aos regime de Kiev empréstimos impagáveis a fim de que continuem a guerra contra os povos do Donbass e com a esperança de provocar uma intervenção russa. Mas o mais provável é que os oligarcas ucranianos roubem o dinheiro dos empréstimos recebidos, como têm feito. Quanto ao material militar que recebem do ocidente, vendem-no no Médio Oriente e encaixam as receitas.
CRITÉRIOS CAPITALISTAS
Para um país arruinado e em guerra civil como a Ucrânia, governado por uma junta nazi-fascista, o FMI anunciou um empréstimo de US$17,5 mil milhões [€15,6 mil milhões]. O FMI ao conceder este empréstimo gigantesco rompeu os seus próprios estatutos, que proíbem emprestar a países em guerra. Diga-se de passagem que ele será impagável.
Em contrapartida, para a Grécia o Eurogrupo resolveu condicionar os míseros €7,2 mil milhões que já estavam acordados no memorando - a metade do dinheiro dado agora à Ucrânia - ao cumprimento de determinadas condições impostas ao governo Syriza, que a elas se submeteu.
A disparidade de critérios mostra como opera a Elite Transnacional.
A CAPITULAÇÃO DO GOVERNO SYRIZA
No dia 20 de Fevereiro consumou-se a capitulação do governo grego diante do Eurogrupo. Ela só desilude aqueles que alimentavam ilusões. Ao contrário do que diz a desinformação dos media de referência, o Syriza nada tem de radical - é apenas um partido social-democrata (herdeiro do apodrecido Pasok). Como sempre, o destino desta gente é capitular. Hoje já pouco ou nada distingue a social-democracia do neoliberalismo puro e duro. É o caso do Syriza, que nunca pôs em causa a saída do Euro, da UE ou da NATO e muito menos o capitalismo. Assim, bravatas à parte, a intransigência do Eurogrupo encontrou na verdade um governo grego submisso e cordato. Após as
enormes cedências que já havia feito em relação ao seu programa eleitoral, o governo Syriza cedeu ainda mais durante as negociações e acabou por capitular em praticamente toda a linha. As "concessões" obtidas foram cosméticas. Exemplo: o que antes se chamava Troika agora passa a chamar-se "instituições" e estas são (adivinhem) o FMI, o BCE e a UE. Grande mudança! Os arraiais reformistas portugueses, que tão entusiasmados estavam com as ditas negociações, o que dirão agora?
A acta da capitulação está em www.consilium.europa.eu/...
O NOVO EMPRÉSTIMO DO FMI À UCRÂNIA
A presidente do FMI, Cristine Lagarde, acaba de anunciar um novo empréstimo de US$17,5 mil milhões à Ucrânia, um país em ruínas. Que ninguém se iluda com tal "generosidade": nada deste dinheiro chegará ao povo ucraniano. O objectivo deste pacote é exclusivamente salvar bancos alemães e franceses expostos na Ucrânia.
Jornal «Resistir» - Portugal.
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