Economista Welinton dos Santos
Mesmo com os incentivos fiscais do governo, como redução do IPI e IOF, diminuição dos spreads e compulsórios bancários, para automóveis e comerciais leves, aumento de impostos para carros importados e crescimento de vendas em junho da ordem de 24,18% (340.706 unidades) em comparação a maio de 2012, para veículos deste seguimento; em comparação a junho de 2011 aumentos de 18,75% (286.912 unidades), as montadoras anunciam planos de demissão voluntários nas unidades da GM e Volkswagen no Vale do Paraíba - SP - BRASIL.
No acumulado no ano a venda de veículos leves está com pequena queda de 0,33%, conforme informações da Fenabrave. As projeções para 2012 são de queda de 0,4% do volume total de vendas.
As vendas do setor atingiram um patamar médio de venda diária de 16 mil unidades, em comparação a maio de 2012 que era de 13 mil unidades em média dia.
Mesmo havendo um menor rigor na aprovação cadastral de crédito dos bancos, com aumento de aprovação de 35% para 55% após as medidas anunciadas do governo, e diminuição de 39 dias de estoque das concessionárias para 27 dias em junho, as montadoras GM e Volkswagen abriram PDV em suas unidades no Vale do Paraíba. No caso da GM é o segundo em menos de 1 mês, o primeiro encerrou-se no dia 15/06/2012 com adesão de 186 funcionários e o 2º PDV sem projeções de números. Já a Volks abriu o PDV para todo o mês de julho e pretende atingir 100 funcionários, limite previsto em acordo coletivo com o sindicato para melhoria de investimentos no setor produtivo.
Fica claro que os incentivos fiscais e financeiros não estão garantindo o emprego na região que é influenciado por processos de investimento em automação.
Com o alto nível de endividamento das famílias brasileiras não há tendência de permanência de aquecimento das vendas no setor automotivo, o que provocará leve queda sobre o volume de vendas em comparação a 2011.
O mercado terá forte retração de vendas motos em 2012. Somente no mês de junho queda de 23,38% em comparação a junho de 2011, principalmente por falta de linhas de crédito mais atrativa e aprovação de fichas cadastrais que está na ordem de 17% para o setor, na atual situação o setor deverá fechar com queda aproximada de 3,2% em comparação a 2011.
Já o mercado de caminhões houve uma retração no mês de junho de 2012 (10.689 unidades) de 27,63% em comparação com junho de 2011 (14.769 unidades).
No começo de 2012 as projeções eram de crescimento de 3,5% nas vendas, agora a previsão é de queda de 0,4% nas vendas de veículos leves, ou seja, uma diminuição de 3,9% do volume de produção e as montadoras ajustam a nova realidade.
O primeiro semestre de 2012 vendeu 1,72 milhões de unidades, 1,17% a menos que em 2011. Sem os incentivos do governo a queda seria maior, portanto a crise internacional começa sim a influenciar a dinâmica econômica brasileira.
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