Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional Fonte IBGE
Base: Abril de 2010
Em abril, indústria recua em 7 dos 14 locais investigados
Entre março e abril, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostraram recuos em 7 dos 14 locais investigados, uma estabilidade e seis locais com expansão da produção. A perda mais acentuada foi registrada pelo Paraná (-14,7%). Amazonas (-4,2%), Rio de Janeiro (-3,4%), Pernambuco (-2,6%), Espírito Santo (-1,9%) e Rio Grande do Sul (-1,1%) também registraram quedas superiores à média global (-0,7%), enquanto a Bahia (-0,3%) teve recuo menor que a média.
Por outro lado, o maior crescimento da produção industrial ficou com Goiás (4,5%), seguido por Ceará (2,5%), Pará (1,3%), Minas Gerais (0,8%), São Paulo (0,5%) e Santa Catarina (0,1%). A região Nordeste (0,0%) repetiu o patamar do mês anterior.
No confronto com abril de 2009, todos os 14 locais registraram crescimento. As expansões mais acentuadas e acima da média nacional (17,4%) ocorreram no Amazonas (34,1%), Espírito Santo (29,8%), Goiás (27,9%), Minas Gerais (25,0%), Bahia (24,0%), Pernambuco (23,6%), região Nordeste (20,5%) e São Paulo (17,5%).
No acumulado nos quatro primeiros meses de 2010, frente a igual período do ano anterior, todos os locais também mostraram crescimento na produção. Com avanços acima dos 18,0% registrados na indústria nacional, situaram-se Espírito Santo (40,3%), Amazonas (32,7%), Goiás (26,9%) e Minas Gerais (25,1%).
Da mesma forma, todos os 14 locais mostraram aceleração do ritmo produtivo na passagem do último quadrimestre de 2009 para o primeiro de 2010, sempre em comparação com iguais períodos do ano anterior, com destaque para o ganho do Amazonas, que passou de 1,4% no último quadrimestre de 2009 para 32,7% nos quatro primeiros meses deste ano, Espírito Santo (de 11,1% para 40,3%), Minas Gerais (de 1,2% para 25,1%), Goiás (de 5,1% para 26,9%) e São Paulo (de 1,0% para 18,0%).
Amazonas
Em abril, a produção industrial do Amazonas recuou 4,2% na comparação com o mês imediatamente anterior1, após ter crescido de 9,8% em março. Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral repetiu em abril o patamar de março e mantém crescimento há 12 meses, acumulando nesse período ganho de 32,9%.
Em relação a abril de 2009, o avanço de 34,1% foi a sexta taxa positiva consecutiva, com crescimento em 10 dos 11 segmentos. Os destaques foram material eletrônico e equipamentos de comunicações (51,0%) e alimentos e bebidas (63,3%). Vale citar também as pressões positivas de máquinas e equipamentos (49,3%), borracha e plástico (147,9%) e outros equipamentos de transporte (12,4%). O único impacto negativo veio de edição e impressão (-1,1%).
O acumulado no primeiro quadrimestre de 2010 foi de 32,7%, superior ao de igual período do ano passado e bem acima do observado no último quadrimestre de 2009 (1,4%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. No acumulado em 2010, nove ramos mostraram taxas positivas, com as principais influências vindo de alimentos e bebidas (44,8%) e de material eletrônico e equipamentos de comunicações (41,1%), seguidos por máquinas e equipamentos (77,6%) e outros equipamentos de transportes (25,0%). As duas pressões negativas vieram de edição e impressão (-3,7%) e de produtos químicos (-17,3%).
O acumulado nos últimos 12 meses, em trajetória ascendente desde outubro do ano passado (-11,2%), atingiu 6,8% em abril, resultado mais elevado desde os 7,1% de outubro de 2008.
Pará
A indústria do Pará avançou 1,3% em abril frente a março, quinta taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período ganho de 10,3%. A média móvel trimestral ampliou em 1,5% o patamar registrado no mês anterior e registrou o sexto crescimento consecutivo nesse tipo de confronto.
No confronto com abril de 2009, o setor industrial paraense avançou 14,6%, taxa mais elevada desde os 17,3% registrados em novembro de 2006, explicada sobretudo pelo desempenho positivo de cinco dos seis ramos pesquisados, com destaque para os setores extrativo (27,7%) e de alimentos e bebidas (29,4%). O único impacto negativo veio do setor de madeira (-23,9%).
No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, houve expansão de 9,4%, após as quedas observadas no primeiro (-6,8%), segundo (-8,9%) e terceiro (-6,0%) quadrimestres de 2009, todas as comparações contra igual período do ano anterior. Para esse indicador, quatro dos seis ramos pesquisados mostraram taxas positivas, com destaque para indústria extrativa (19,6%). Vale citar também os resultados de minerais não metálicos (34,1%) e de alimentos e bebidas (14,6%). Por outro lado, metalurgia básica (-4,4%) e madeira (-13,8%) exerceram as duas pressões negativas.
A taxa anualizada, acumulado nos últimos 12 meses, em trajetória ascendente desde novembro do ano passado (-7,9%), atingiu -2,4% em abril, queda menos intensa desde junho de 2009 (-1,2%).
Nordeste
A produção industrial do Nordeste ficou estável (0,0%) em abril, na comparação com março, após cinco meses seguidos de expansão, período em que acumulou ganho de 7,4%. Com esses resultados, a média móvel trimestral avançou 0,9%, 11ª taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 14,5%.
A produção industrial nordestina avançou 20,5% no confronto com abril de 2009, sexta taxa positiva seguida e resultado mais elevado desde maio de 1996 (21,6%), com crescimento em 10 das 11 atividades pesquisadas. O maior impacto positivo veio de refino de petróleo e produção de álcool (178,6%), influenciado em grande parte por uma baixa base de comparação, por conta de uma paralisação técnica ocorrida em importante refinaria em abril do ano passado. Nesse setor, 83% dos produtos investigados tiveram taxas positivas. Vale citar também as contribuições positivas de alimentos e bebidas (19,0%) e minerais não metálicos (23,4%). A única pressão negativa veio da indústria extrativa (-2,6%).
O acumulado no primeiro quadrimestre de 2010 mostrou expansão de 13,7%, resultado bem mais elevado que o obtido no último quadrimestre de 2009 (2,8%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Em 2010, o perfil de crescimento é generalizado, atingindo 10 dos 11 setores investigados, com destaque para produtos químicos (17,8%), refino de petróleo e produção de álcool (21,6%), alimentos e bebidas (6,5%) e metalurgia básica (29,1%). A única pressão negativa permaneceu vindo da indústria extrativa (-1,8%).
O acumulado nos últimos 12 meses, em trajetória ascendente desde setembro de 2009 (-7,3%), acelerou o ritmo de crescimento, ao passar de 0,4% em março para 3,0% em abril.
Ceará
Em abril, a produção industrial do Ceará cresceu 2,5% em relação ao mês imediatamente anterior, após recuar por dois meses seguidos, acumulando perda de 0,9% nesse período. Com esses resultados, a média móvel trimestral manteve o avanço (0,5%), chegando ao nono resultado positivo consecutivo e acumulando ganho de 15,9%.
Na comparação com abril de 2009, a produção industrial cearense avançou 14,4%, sexta taxa positiva seguida. Para esse resultado, contribuíram positivamente oito das dez atividades, com destaque para alimentos e bebidas (15,5%). Vale mencionar também os impactos positivos de produtos químicos (41,9%), calçados e artigos de couro (15,9%) e do setor têxtil (7,9%). As duas únicas quedas vieram de vestuário e acessórios (-17,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,7%).
O indicador acumulado no ano avançou 15,3%, ritmo bem superior ao do último quadrimestre de 2009 (2,4%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. De janeiro a abril de 2010, oito dos dez setores apontaram taxas positivas, com destaque para calçados e artigos de couro (26,1%), produtos químicos (50,8%) e têxtil (13,3%). Refino de petróleo e produção de álcool (-12,8%) e vestuário e acessórios (-4,9%) permaneceram como pressões negativas.
O acumulado nos últimos 12 meses (2,8%) prosseguiu com a trajetória ascendente iniciada em outubro de 2009 (-5,9%) e teve o resultado mais elevado desde novembro de 2008 (3,0%).
Pernambuco
Em abril de 2010, a produção industrial de Pernambuco recuou 2,6% em relação a março, após acumular expansão de 15,4% nos três meses anteriores. Assim, a média móvel trimestral avançou 3,7% entre os trimestres encerrados em março e abril, mantendo-se ascendente desde fevereiro.
Em relação a abril de 2009, a indústria pernambucana cresceu 23,6%, nona taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, com perfil generalizado de crescimento, atingindo 10 dos 11 setores pesquisados. A maior influência positiva ficou com alimentos e bebidas (23,6%), apoiada na expansão de aproximadamente 70% dos produtos investigados no setor. Vale citar também produtos químicos (23,2%), metalurgia básica (22,9%), borracha e plástico (70,4%) e minerais não metálicos (25,6%). Por outro lado, refino de petróleo e produção de álcool (-15,7%) foi o único setor que recuou.
No indicador acumulado nos quatro primeiros meses do ano, a produção manteve-se em expansão, de 17,7%, ritmo de crescimento bem mais intenso que o do último quadrimestre do ano passado (3,6%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Nesse confronto, 10 das 11 atividades tiveram taxas positivas, com destaque para metalurgia básica (39,1%), produtos químicos (38,0%) e alimentos e bebidas (7,5%). Refino de petróleo e produção de álcool (-31,3%) manteve-se como a única pressão negativa sobre a média global.
O acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 6,0% em abril, manteve a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado (-5,1%) e mostrou o resultado mais elevado desde outubro de 2008 (6,2%).
Bahia
A produção industrial da Bahia recuou 0,3% em abril, em relação ao mês anterior, após ter recuado 2,2% em fevereiro e crescido 0,9% em março. Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral teve perda de 0,5% entre os trimestres encerrados em março e abril, terceira taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período uma queda de 1,3%.
Frente a abril de 2009, a indústria baiana cresceu 24,0% no indicador mensal, sétima taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde novembro de 2004 (30,0%), com acréscimo em oito dos nove setores pesquisados. A principal contribuição positiva veio do crescimento de 212,3% de refino de petróleo e produção de álcool, explicado em grande parte pela baixa base de comparação, devido à paralisação parcial ocorrida em importante refinaria em abril de 2009. Nesse ramo, 88% dos produtos investigados apontaram taxas positivas. Vale citar também os avanços de alimentos e bebidas (8,6%) e de veículos automotores (48,8%). A única queda foi verificada em produtos químicos (-2,2%).
No acumulado de janeiro a abril, houve crescimento de 15,9%, ritmo mais intenso que o registrado no último quadrimestre de 2009 (5,0%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Todos os setores investigados apresentaram taxas positivas, e as principais influências vieram de refino de petróleo e produção de álcool (34,5%), produtos químicos (14,5%) e metalurgia básica (31,2%).
O acumulado nos últimos 12 meses, em trajetória ascendente desde setembro de 2009 (-8,1%), avançou 3,4 pontos percentuais na passagem de março (0,7%) para abril (4,1%) e teve o resultado mais elevado desde novembro de 2008 (4,2%).
Minas Gerais
A produção industrial de Minas Gerais avançou 0,8% na passagem de março para abril, quinta taxa positiva consecutiva, acumulando 8,0% de expansão nesse período. Com isso, a média móvel trimestral, que permaneceu positiva pelo 14º mês, cresceu 1,8%.
Na comparação com abril de 2009, a indústria mineira cresceu 25,0%, quinto resultado positivo de dois dígitos nesse tipo de confronto. O desempenho positivo foi mais intenso na indústria extrativa (40,2%) que na indústria de transformação (22,6%). No primeiro ramo, a principal contribuição continuou vindo da maior extração de minérios de ferro. Já na indústria de transformação, 10 das 12 atividades mostraram expansão, com metalurgia básica (41,7%), máquinas e equipamentos (118,4%) e outros produtos químicos (82,7%) exercendo as maiores influências. Vale destacar também os avanços de alimentos (11,4%) e de veículos automotores (9,1%). Por outro lado, celulose e papel (-17,1%) e fumo (-8,3%) tiveram quedas.
No acumulado no ano de 2010, a expansão ficou em 25,1%, resultado bem mais intenso que o do terceiro quadrimestre de 2009 (1,2%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. O crescimento foi generalizado, atingindo 11 dos 13 ramos, com metalurgia básica (54,8%) e indústrias extrativas (51,7%) apontando as principais contribuições positivas. Vale destacar também os índices positivos de máquinas e equipamentos (110,2%), veículos automotores (13,3%) e outros produtos químicos (31,5%). Fumo (-7,8%) e celulose e papel (-2,0%) foram as duas pressões negativas.
O acumulado nos últimos 12 meses, em aceleração desde outubro de 2009 (-18,1%), avançou 3,7 pontos percentuais na passagem de março (-2,8%) para abril (0,9%) e registrou seu primeiro índice positivo desde dezembro de 2008 (1,6%).
Espírito Santo
Em abril de 2010, a produção industrial do Espírito Santo recuou 1,9% frente a março, após ter mostrado expansão de 1,6% no mês anterior. A média móvel trimestral teve variação negativa de 0,3% na passagem dos trimestres encerrados em março e abril, interrompendo a trajetória ascendente iniciada em março de 2009.
Na comparação com abril de 2009, a indústria capixaba cresceu 29,8%, sexto resultado positivo de dois dígitos consecutivo nesse confronto, impulsionado sobretudo pelo setor extrativo (72,7%), que mostrou avanço bem mais elevado que a indústria de transformação (15,5%). No primeiro segmento, destacam-se os itens minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e gás natural. Na indústria de transformação, o principal impacto positivo ficou com metalurgia básica (51,8%). Por outro lado, alimentos e bebidas (-2,5%) e celulose e papel (-1,1%) apontaram as duas taxas negativas.
O acumulado nos quatro primeiros meses do ano ficou em 40,3%, ritmo bem mais elevado que os 11,1% do último quadrimestre do ano passado, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Todos os setores tiveram taxas positivas no acumulado de janeiro a abril, com destaque para indústria extrativa (103,2%) e metalurgia básica (50,4%).
O acumulado nos últimos 12 meses avançou 4,6 pontos percentuais na passagem de março (1,1%) para abril (5,7%) e apontou seu resultado mais elevado desde os 9,9% de novembro de 2008.
Rio de Janeiro
A produção industrial do Rio de Janeiro mostrou, em abril, recuo de 3,4% frente a março, eliminando parte dos 3,7% acumulados nos dois últimos meses. Com esses resultados, a média móvel trimestral praticamente repetiu em abril o patamar do mês anterior (0,1%).
Na comparação com abril de 2009, o setor industrial fluminense registrou expansão de 6,5%, sexta taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto, influenciada pelo desempenho positivo da indústria de transformação (8,7%), uma vez que o setor extrativo prosseguiu em queda (-0,9%). Entre as sete atividades da indústria de transformação com taxas positivas, sobressaíram as expansões de metalurgia básica (45,8%) e de veículos automotores (53,7%). Vale citar também as contribuições positivas de bebidas (19,3%) e de perfumaria, sabões e produtos de limpeza (47,1%). O maior impacto negativo veio da indústria farmacêutica (-26,8%).
O indicador acumulado de janeiro a abril de 2010 ficou em 11,5%, intensificando o ritmo de crescimento frente ao último quadrimestre do ano passado (2,5%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Nos quatro primeiros meses do ano, 9 dos 13 ramos pesquisados tiveram taxas positivas, com destaque para metalurgia básica (53,2%) e veículos automotores (67,0%), seguidos por farmacêutica (27,2%) e bebidas (16,6%). Entre as quatro atividades com queda, o maior impacto continuou vindo de minerais não metálicos (-12,8%).
O indicador acumulado nos últimos 12 meses confirma a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado (-5,9%) e acelera o ritmo de crescimento, ao passar de 1,9% em março para 2,8% em abril.
São Paulo
A produção industrial de São Paulo aumentou 0,5% em abril, frente ao mês anterior, terceiro resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período ganho de 3,4%. Com isso, a média móvel trimestral cresceu 1,1% entre março e abril, mantendo-se positiva pelo 14º mês consecutivo.
Em relação a abril de 2009 (17,5%), 18 dos 20 setores pesquisados tiveram resultados positivos, com destaque para veículos automotores (31,4%) e máquinas e equipamentos (46,6%), ambos impulsionados pela expansão na maior parte dos produtos investigados. Vale citar também os avanços de outros produtos químicos (20,7%), produtos de metal (36,0%), borracha e plástico (25,0%) e metalurgia básica (37,4%). Somente refino de petróleo e produção de álcool (-22,3%) e outros equipamentos de transporte (-5,4%) mostraram recuo na produção.
Na análise dos índices por quadrimestres, a indústria paulista acumulou expansão de 18,0% de janeiro a abril de 2010, ritmo bem superior ao do último quadrimestre de 2009 (1,0%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. O crescimento acumulado neste ano foi influenciado pelas taxas positivas de 17 dos 20 ramos, com destaque para veículos automotores (37,3%), máquinas e equipamentos (39,8%) e outros produtos químicos (27,6%). Vale citar também os avanços de produtos de metal (50,9%), borracha e plástico (29,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (25,7%) e metalurgia básica (36,9%). Outros equipamentos de transporte (-15,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,1%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicação (-1,2%) exerceram os três impactos negativos.
A taxa anualizada (acumulado nos últimos 12 meses), em trajetória ascendente desde outubro de 2009 (-11,1%), cresceu 1,3% e atingiu sua primeira taxa positiva desde fevereiro do ano passado (0,8%).
Paraná
Em abril, a produção industrial do Paraná recuou 14,7% frente ao mês imediatamente anterior, eliminando parte do avanço de 18,7% registrado em março. A média móvel trimestral apresentou variação negativa de 0,2%, após nove meses de taxas positivas.
Em relação a abril de 2009, o crescimento na produção paranaense foi de 8,7%, sétimo resultado positivo consecutivo, com 9 das 14 atividades pesquisadas mostrando resultados positivos. A principal contribuição positiva ficou com veículos automotores (54,8%), impulsionado pela expansão em todos os produtos investigados no setor. Vale citar também as influências positivas de máquinas e equipamentos (30,3%) e de celulose e papel (16,4%). Os maiores impactos negativos vieram de edição e impressão (-21,4%) e outros produtos químicos (-32,0%).
O acumulado no primeiro quadrimestre do ano avançou 11,7%, acelerando o ritmo de crescimento frente ao resultado do último quadrimestre de 2009 (4,4%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Dos 14 ramos, 11 mostraram avanço na produção, com veículos automotores (64,0%) sendo a maior influência sobre a média, seguidos por máquinas e equipamentos (40,9%) e artigos do mobiliário (54,8%). Entre os três setores que registraram taxas negativas, edição e impressão, com queda de 17,9%, foi a principal contribuição.
O acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 2,0% em abril, prosseguiu com a trajetória ascendente iniciada em novembro do ano passado (-4,5%) e teve o melhor resultado desde maio de 2009 (2,5%).
Santa Catarina
A produção industrial de Santa Catarina teve variação positiva de 0,1% em abril frente ao mês imediatamente anterior, após avançar 3,6% em março. A média móvel trimestral, ao crescer 0,7% entre março e abril, seguiu com a sequência de taxas positivas iniciada em maio de 2009.
Em relação a abril de 2009, o setor industrial avançou 15,0%, sexta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação, resultado do acréscimo na produção de 9 das 11 atividades investigadas, com máquinas e equipamentos (67,3%) respondendo pelo maior impacto positivo, seguida por máquinas, aparelhos e materiais elétricos (54,0%), borracha e plástico (27,0%) e têxtil (12,9%). Só os setores de veículos automotores (-43,8%) e alimentos (-1,6%) tiveram taxas negativas.
Com isso, o indicador acumulado no ano acelerou de 12,9% em março para 13,4% em abril, também intensificando o ritmo de ganho frente ao último quadrimestre de 2009 (0,6%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Para esse resultado contribuíram 8 das 11 atividades pesquisadas, com a liderança, em termos de impacto positivo, vindo de máquinas e equipamentos (49,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (98,4%). Vale citar também os avanços do setor têxtil (13,0%), de borracha e plástico (21,1%) e de metalurgia básica (42,0%). Em sentido contrário, veículos automotores (-35,7%) e alimentos (-2,5%) foram novamente as principais pressões negativas.
O acumulado nos últimos 12 meses também acelerou, de -1,7% em março para 1,0% em abril.
Rio Grande do Sul
Em abril, a indústriado Rio Grande do Sul recuou 1,1% frente a março, após avançar 4,0% no mês anterior. Assim, a média móvel trimestral caiu 0,7% entre os trimestres encerrados em março e abril.
No confronto com igual mês do ano anterior, o setor industrial gaúcho teve crescimento de 8,8%, sexta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação, influenciada pelos impactos positivos de 9 dos 14 ramos pesquisados, com destaque para máquinas e equipamentos (58,5%) e veículos automotores (41,5%). Outras contribuições positivas relevantes vieram de metalurgia básica (73,3%), produtos de metal (23,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (6,4%). A maior influência negativa veio do fumo (-30,0%).
O indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano avançou 14,1%, intensificando o crescimento observado no último quadrimestre do ano passado (2,9%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Na formação da taxa acumulada em 2010, 10 dos 14 ramos investigados cresceram, com destaque para veículos automotores (43,6%), máquinas e equipamentos (38,7%), outros produtos químicos (24,1%), metalurgia básica (75,5%) e mobiliário (49,2%). Entre os quatro setores que tiveram recuo na produção, o maior impacto prosseguiu vindo do setor de fumo (-19,2%).
A taxa acumulada nos últimos 12 meses, em trajetória ascendente desde outubro de 2009 (-1,3%), cresceu 2,3% e atingiu seu resultado mais elevado desde dezembro de 2008 (2,4%).
Goiás
A produção industrial de Goiás avançou 4,5% em abril, frente a março, após recuar 6,6% no mês anterior. A média móvel trimestral cresceu 2,9% entre os trimestres encerrados em março e abril e permaneceu com a sequência de taxas positivas iniciada em novembro do ano passado.
Na comparação com abril de 2009, o setor registrou expansão de 27,9%, sexta taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto, apoiada nos avanços tanto da indústria de transformação (29,2%) como do setor extrativo (14,5%). Na indústria de transformação, três dos quatro ramos registraram taxas positivas, com destaque para produtos químicos (186,5%) e alimentos e bebidas (13,8%). Por outro lado, metalurgia básica, com queda de 6,2%, foi o único resultado negativo.
O indicador acumulado nos quatro primeiros meses de 2010 ficou em 26,9%, ritmo bem superior aos 5,1% observados no último quadrimestre do ano passado, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Na formação desse resultado, todos os setores apontaram taxas positivas, com destaque para produtos químicos (176,8%) e alimentos e bebidas (11,8%).
O acumulado nos últimos 12 meses confirma a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado (-1,3%) e acelera o ritmo de crescimento entre março (7,6%) e abril (10,1%).
Nota:
1 Todas as comparações entre abril e março são com ajuste sazonal.
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Ricardo Bergamini
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