Pesquisa Mensal de Emprego Fonte IBGE Base: Fevereiro de 2009
Em fevereiro, desocupação foi de 8,5%
A taxa de desocupação de fevereiro foi 0,3 ponto percentual maior que a de janeiro (8,2%) último e 0,2 ponto percentual inferior à de fevereiro do ano passado (8,7%). A população desocupada (1,9 milhão) teve um acréscimo de 51 mil pessoas (2,7%) em relação a janeiro, e uma redução de 29 mil pessoas (-1,5%) se comparada a fevereiro de 2008. A população ocupada (20,9 milhões) recuou (-1,0% ou menos 211 mil pessoas) em relação a janeiro e cresceu (1,4% ou mais 283 mil pessoas) na comparação anual. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (9,4 milhões) reduziu-se (-1,1% ou menos 109 mil pessoas) no mês e cresceu (3,4% ou mais 307 mil pessoas) no ano. Em relação a janeiro, o contingente de ocupados teve variação significativa apenas na Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-3,2%). No ano, todos os grupamentos de atividade ficaram estáveis.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.321,30) não teve alteração significativa (-0,1%) no mês e subiu 4,6% frente a fevereiro de 2008. O rendimento médio real domiciliar per capita (R$ 835,21) caiu (-1,0%) no mês e subiu 3,6% no ano. A massa de rendimento real habitual dos ocupados (R$ 27,9 bilhões) teve queda (-1,1%) no mês e alta (6,2%) em relação a fevereiro de 2008.
Em fevereiro de 2009, a taxa de desocupação1 estimada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE foi de 8,5% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas2, não apresentando variação estatisticamente significativa nem em relação a janeiro (8,2%), nem no confronto com fevereiro do ano passado (8,7%).
A população desocupada3 (1,9 milhão), no total das seis regiões pesquisadas, teve um acréscimo de 51 mil pessoas (2,7%) em relação a janeiro e uma redução de 29 mil pessoas (- 1,5%) se comparada a fevereiro de 2008. Tais variações não são consideradas estatisticamente significativas. Regionalmente, não houve variações significativas em relação ao mês anterior, mas em relação a fevereiro de 2008, houve quedas em Recife (-16,1%) e Belo Horizonte (-12,8%).
Pessoas ocupadas (po)
A população ocupada (20,9 milhões) no agregado das seis Regiões Metropolitanas reduziu-se (-1,0%) em relação a janeiro de 2009 e cresceu 1,4% frente a fevereiro de 2008. Regionalmente, em relação ao mês anterior, houve queda em Porto Alegre (-3,2%). Na comparação anual, ocorreram altas em Recife (4,4%) e São Paulo (1,9%).
Resultados com relação aos principais grupamentos de atividade:
Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (16,6% da PO) Queda na comparação mensal (-3,2%) e estabilidade na comparação com fevereiro de 2008. No enfoque regional, na comparação mensal, quedas em Recife (11,3%) e Porto Alegre (6,3%). No ano, estabilidade.
Construção (7,3% da PO) .No total das seis regiões, estabilidade em ambos os períodos de comparação. No âmbito regional, sem variação em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2008, altas em Recife, 21,4% e do Rio de Janeiro, 13,9% .
Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,4% da PO) No total das seis regiões, houve estabilidade em ambos os períodos. No âmbito regional, houve queda em relação a janeiro em Salvador (6,1%). No ano, alta em Recife (9,0%).
Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (15,3% da PO) Para o total das seis regiões, estabilidade em ambos os períodos. No enfoque regional, sem movimentação na comparação mensal. No ano, alta em Recife (12,0%) .
Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social ( 16,0% da PO) No total das seis regiões houve estabilidade, tanto na comparação mensal quanto na anual. No enfoque regional, foi observado recuo (-4,4%) no Rio de Janeiro, na comparação mensal. No ano, houve estabilidade.
Serviços domésticos (7,7% da PO) Estabilidade em ambos os períodos analisados. No enfoque regional, em relação ao mês anterior, alta em Belo Horizonte (8,3%) e, no ano, estabilidade .
Outros serviços, (alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas, serviços pessoais) (17,1% da PO) Estabilidade tanto na comparação mensal quanto na anual. No enfoque regional, queda em Recife (-8,3%). No ano, estabilidade.
Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho:
Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros) (44,8% da PO) Em relação a janeiro, estabilidade e frente a fevereiro de 2008, houve alta de 3,4%. Regionalmente, na comparação mensal, houve queda em Porto Alegre (3,8%). No ano, houve elevações em Recife (8,8%), Belo Horizonte (4,9%) e no Rio de Janeiro (5,7%).
Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros), (12,7% da PO) Estabilidade nas comparações mensal e anual. No contorno regional, houve estabilidade em relação a janeiro e, no ano, quedas em Belo Horizonte (-9,3%) e Porto Alegre (-15,9%) .
Militares ou funcionários públicos estatutários ( 7,6% da PO) Queda em relação a janeiro (-5,5%) e estabilidade no ano. Regionalmente, no mês, houve queda em São Paulo (-7,5%) e, no ano, alta em Belo Horizonte (14,2%).
Trabalhadores por conta própria ( 18,9% da PO) Em ambos os períodos, estabilidade. Regionalmente, no mês, houve estabilidade e, no ano, alta em Recife (11,1%).
Rendimento médio real4
Em fevereiro, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores (R$ 1.321,30) não teve variação significativa (-0,1%) em relação a janeiro de 2009 (R$ 1.323,17), mas cresceu 4,6% em relação a fevereiro de 2008 (R$ 1.263,36).
Regionalmente, no mês, houve altas em Salvador (0,9%), Belo Horizonte (2,4%), Rio de Janeiro (1,7%) e Porto Alegre (1,0%), e quedas em Recife (-3,6%) e São Paulo (-1,6%). No ano, houve altas em Belo Horizonte (8,3%), Rio de Janeiro (8,5%), São Paulo (3,8) e Porto Alegre (2,2%), e quedas em Recife (-2,9%) e Salvador (-1,0%).
Empregados COM carteira assinada no setor privado (R$ 1.274,90) Alta de 0,9% no mês e de 5,8% no ano. Regionalmente, no mês, houve altas em Recife (2,6%) Salvador (3,2%), Belo Horizonte (3,3%), Rio de Janeiro (1,3%) e Porto Alegre (0,7%), e estabilidade em São Paulo.No ano, houve altas em Recife (1,3%), Salvador (3,2%), Belo Horizonte (6,0%), Rio de Janeiro (11,2%), São Paulo (5,9%), e queda em Porto Alegre (-0,9%).
Empregados SEM carteira assinada no setor privado ( R$ 856,10) Estabilidade no mês e alta de 0,4% no ano. Regionalmente, no mês, altas em Recife (4,4%), Salvador (8,8%), Belo Horizonte (14,6%), Rio de Janeiro (6,8%) e Porto Alegre (4,0%), e queda em São Paulo (6,6%). No ano, houve altas em Recife (5,1%), Salvador (6,1%), Belo Horizonte (16,0%), Rio de Janeiro (14,2%) e Porto Alegre (3,4%), e queda em São Paulo (-9,4%).
Militares ou funcionários públicos estatutários ( R$ 2.296,90) Queda (-0,8%) no mês e alta de 3,9% no ano.
Nas Regiões Metropolitanas, alta no Rio de Janeiro (5,6%), e recuos em Recife (-14,0%), Salvador (-2,4%), Belo Horizonte (-5,5%), São Paulo (-1,7%) e Porto Alegre (-2,3%). No ano, altas no Rio de Janeiro (14,3%) e São Paulo (4,3%), e recuos em Recife (-14,6%), Salvador (-6,2%), Belo Horizonte (-0,8%) e Porto Alegre (-1,4%).
Trabalhadores por conta própria ( R$ 1.092,50) Estabilidade no mês e alta de 6,7% no ano. Nas Regiões Metropolitanas, quedas em Recife (-5,3%), Salvador (-4,5%), Belo Horizonte (-1,2%), São Paulo (-1,0%), e altas no Rio de Janeiro (0,5%) e Porto Alegre (9,6%). No ano, altas em Salvador (1,6%), Belo Horizonte (2,7%), Rio de Janeiro (0,4%), São Paulo (13,1%) e Porto Alegre (10,1%). Queda em Recife (8,1%).
Rendimento médio real domiciliar per capita 5
Em fevereiro de 2009, no agregado das seis regiões, o rendimento médio real domiciliar per capita (R$ 835,21) teve queda em relação a janeiro (-1,0%) e alta (3,6%) no ano.
Regionalmente, em relação a janeiro, houve altas em Belo Horizonte (1,5%), Rio de Janeiro (1,0%) e Porto Alegre (0,8%), e quedas em Recife (-3,5%), Salvador (-1,6%) e São Paulo (-2,6%). No ano, houve altas em todas as regiões: Recife (5,6%), Salvador (1,9%), Belo Horizonte (5,8%), Rio de Janeiro (7,3%), São Paulo (1,8%) e Porto Alegre (2,3%).
Massa de rendimento real efetivo da população ocupada6
A massa de rendimento real efetivo da população ocupada (R$ 27,5 bilhões), estimada pela Pesquisa Mensal de Emprego de fevereiro de 2009 (mês de referência janeiro de 2009), revelou queda em relação a dezembro de 2008 (21,6%) e alta em comparação com janeiro de 2008 (6,3%).
Em relação a dezembro último, houve queda em todas as regiões investigadas: Recife (-34,3%), Salvador (-15,7%), Belo Horizonte (-24,3%), Rio de Janeiro (-20,9%), São Paulo (-20,4%) e Porto Alegre (-22,6%). Em relação a janeiro de 2008, ocorreram elevações em Salvador (0,8%), Belo Horizonte (7,0%), Rio de Janeiro (10,4%) e São Paulo (7,2%), e quedas Recife e Porto Alegre (ambas com - 1,3%).
Notas:
1 Proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa.
2 São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre.
3 Pessoas que não estavam trabalhando, estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência e tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.
4 Rendimento habitualmente recebido. Para o cálculo do rendimento real em cada área, o deflator utilizado é o Índice de Preços ao Consumidor - INPC da respectiva região metropolitana. Para o conjunto das seis regiões metropolitanas, o deflator é a média ponderada dos seis índices de preços. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.
5 Divisão do rendimento mensal domiciliar, proveniente do trabalho, pelo número de componentes da unidade domiciliar, exclusive pensionistas, empregados domésticos ou parentes dos empregados domésticos.
6 Soma dos rendimentos efetivamente recebidos em todos os trabalhos no mês de referência da pesquisa (mês anterior ao que está sendo divulgado).
Ricardo Bergamini
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