China e a União Europeia (UE) na sua Cimeira, terminada ontem (28) em Pequim, não conseguiram firmar o documento bilateral.
A principal dificuldade nas negociações é a posição da China quanto às exigências da UE para a definição dos grupos de trabalho de alto nível para estudar o problema do crescente défice comercial europeu, disse a fonte comunitária, segundo Lusa.
Segundo os europeus, a desvalorização da moeda, contrafacção de marcas europeias e entraves à entrada de empresas estrangeiras no mercado chinês estão a desequilibrar a balança comercial entre a Europa e o gigante asiático.
Mas de acordo com o governo chinês: "A questão não pode ser resolvida num curto período de tempo, é um problema de dezenas de anos".
"O défice é um problema de dezenas de anos. A China sofreu défices comerciais nos primeiros 20 anos, dos 30 que já leva com relações diplomáticas com a UE", disse Liu Jianchao, repetindo um dos argumentos de Pequim neste braço de ferro comercial.
Os três líderes afirmaram ter chegado a acordo em quatro pontos, segundo explicou José Sócrates: Continuar a colaborar em conjunto em todas as áreas do domínio da paz e da segurança no mundo; reconhecer o controle das alterações climáticas como uma prioridade mundial, cooperar no continente africano e coordenar mecanismos de cooperação; olhar de frente para o défice comercial.
Pequim conseguiu também levar Bruxelas a condenar explicitamente o referendo em Taiwan sobre a adesão às Nações Unidas.
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