Rússia e México continuam a reconhecer Maduro como presidente

A Rússia e o México anunciaram esta quarta-feira que irão continuar a reconhecer a Nicolás Maduro como presidente do governa da Venezuela, em vez de Juan Guaidó.

Andréi Klímov, do Conselho da Federação da Rússia, declarou que não se prevê uma alteração na política da Rússia no que diz respeito à Venezuela e que Moscovo continua a reconhecer Maduro como presidente do país latino-americano.

O porta-voz da presidência mexicana, Jesús Ramírez, indicou, pela sua parte na sua conta no Twitter, que o governo mexicano "analisa" a situação na Venezuela, mas, contudo, não haverá "por agora" qualquer alteração nas relações diplomáticas com o governo de Maduro.

Mesmo assim, ao ser abordado quanto a este tema pela agência noticiosa francesa AFP, declarou que "onde estamos, (o posicionamento do México) é que reconhecemos as autoridades eleitas de acordo com a Constituição venezuelana". 

Citado pela agência noticiosa britânica Reuters, um porta-voz do governo mexicano realçou, por sua vez, que o governo do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador - popularmente conhecido como AMLO - não prevê "de momento" qualquer alteração na sua postura quanto a Caracas.

Que países já reconheceram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela?

O presidente da Assembleia Nacional (AN) da Venezuela, Juan Guaidó, auto-proclamou-se dia quarta-feira como "presidente em funções" do país para forçar a saída de Maduro da presidência venezuelana.

Os países que aguardavam há muito tempo uma oportunidade para derrubar o governo de Maduro, entre eles os EUA, a Colômbia, o Brasil e a Argentina, reconheceram oficialmente Guaidó como chefe do Estado venezuelano.

Em contraste com a linha seguida pelo anterior executivo do México, presidido por Enrique Peña Nieto (2012-2018), o novo governo de esquerda de AMLO já deixou claro que prefere manter abertos os canais diplomáticos com Caracas para ajudar a encontrar uma solução para a crise política da Venezuela.

 

© HispanTV

 

Tradução: Flávio Gonçalves, Pravda.ru

 

 


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Timothy Bancroft-Hinchey