Há pouco menos do um mês, o Santiago faleceu, assassinado por transfobia. O Santiago era um homem trans de trinta anos. Desta vez, não foram pancadas dadas por pessoas exteriores que mataram esse jovem do distrito de Lisboa. Ele não viveu a tortura da Gisberta em 2006 e de inúmeras mulheres trans através do mundo quotidianamente.
O Santiago, dirão que morreu por suicídio. As Panteras Rosas - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia, afirmam que ele foi assassinado por transfobia. Morto pela ignorância e os preconceitos transfóbicos da sociedade em que era obrigado a viver, por uma situação económica precária, pela dificuldade no acesso ao trabalho e o aumento dos cortes com a política de austeridade.
A transfobia institucionalizada e as dificuldades económicas no acesso a cuidados plenos de saúde trans-específicos não são alheios, mas sim potenciados pela condição de precariedade de Santiago, como de muitas pessoas trans em situações similares. Santiago foi morto pelo silêncio e a incapacidade do Serviço Nacional de Saúde e do Hospital de Coimbra e, através deles, do Estado português que permanece indiferente ao sofrimento das pessoas trans.
Em memória do Santiago e para que nenhuma pessoa trans se encontre em idêntica situação, as Panteras Rosas exigem:
Panteras Rosa