FARC apresenta 10 propostas sobre participação política

Havana, (Prensa Latina) As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC-EP) apresentaram nesta quarta (19) 10 "propostas mínimas" para serem discutidas no segundo ponto da agenda -participação política- na mesa de diálogo com o governo.


A guerrilha apresentou as iniciativas com o propósito de avançar para o "necessário e inadiável processo de democratização real do Estado", disse Ricardo Téllez, membro da delegação insurgente que participa das conversas.

A primeira proposta apresentada -reestruturação democrática do Estado e reforma política- compreende "a redefinição dos poderes públicos e de suas faculdades, bem como do equilibro entre eles, eliminando o caráter presidencialista do Estado", explicaram as FARC-EP.

Essa reestruturação, segundo propõem, deverá ser acompanhado de uma reforma política e eleitoral que "regule a disputa política em equidade e igualdade de condições".

No segundo tema, que versa em torno das "garantias plenas para o exercício da oposição e o direito a ser governo", exigem o reconhecimento de todos os partidos, organizações e movimentos sociais opositores e seu direito a participar da política.

A delegação que participa nas conversas em Havana apontou que deve ser criado um estatuto que obrigue o governo a cumprir s garantias políticas e de segurança da oposição que sejam acordadas.
A democratização da informação e da comunicação e dos meios em massa de comunicação, bem como as garantias plenas às organizações guerrilheiras em rebelião e a seus combatentes para o exercício da política no evento de um Acordo final são outras das propostas apresentadas.

Também incluíram temas sobre as garantias de participação política e social de comunidades camponesas, indígenas e afro-descendentes, bem como de outros setores sociais excluídos e a inclusão do critério da população nos processos de integração da região.

A convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte é o último ponto da lista.

Téllez também se solidarizou com os camponeses da região de Catatumbo, na Colômbia, que -comentou- são reprimidos por se manifestarem a favor da criação de zonas de reservas camponesas e contra a suspensão da erradicação dos cultivos de coca.


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