30 anos do Foro de São Paulo

Encontro pelos 30 anos de Foro de São Paulo marca semana no Brasil

Brasília, 1 ago (Prensa Latina) O encontro virtual pelo 30ú aniversário do Foro de São Paulo, centrado em chamados à unidade, solidariedade e integração entre os povos e a enfrentar a ofensiva neoliberal, marcou a semana no Brasil.

 

Realizada no dia 28 de julho pelas três décadas do mecanismo de acordo de forças de esquerda e progressistas da América Latina e o Caribe, na videoconferência participaram os presidentes Miguel Díaz-Canel, de Cuba, Nicolás Maduro, da Venezuela, e Daniel Ortega, da Nicarágua.

Os três líderes trocaram propostas e reflexões abrangidas do pensamento articulador que promoveu o líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, e do poder mobilizador do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Em uma primeira intervenção, Ortega comentou que para eliminar a Covid-19 que afeta nossos povos temos que eliminar o vírus maior, o capitalismo.

É o capitalismo, o neoliberalismo o vírus maior, insistiu o líder da Frente Sandinista ao analisar o contexto da pandemia global da Covid-19 'que está sacudindo a economia mundial'.

Há que acabar com esse vírus, essência mesma do egoísmo e da maldade, remarcou o governante nicaraguense.

Por sua vez, Maduro previu a próxima chegada de uma nova onda de governos progressistas na América Latina para fazer frente à ofensiva neoliberal imperante na região.

Ponderou a importância deste espaço de convergência política da esquerda latino-americana e mundial para dar continuidade aos processos de união e integração regional.

O Foro de São Paulo tem sido uma grande força democratizadora da região, uma grande força avançada e a instância mais influente de partidos e movimentos do continente, sublinhou Maduro, que também rendeu homenagem ao líder da Revolução bolivariana Hugo Chávez (1954-2013), em ocasião de celebrar o aniversário 66 de seu nascimento.

Depois de cumprimentos aos povos latino-americanos e caribenhos, Díaz-Canel assegurou que a experiência no confronto à Covid-19 confirma que só a cooperação e solidariedade internacional salvarão à humanidade desta crise inédita na história.

Destacou a atuação das equipes sanitárias da nação caribenha no combate contra o coronavírus (SARS-CoV-2).

'Somam já 45 as brigadas do contingente contra desastres naturais e graves epidemias Henry Reeve que brindam colaboração em 38 países com 3.772 integrantes', precisou.

Convocou às forças políticas do foro a mobilizar-se unidas para enfrentar os novos desafios, junto aos movimentos sociais e populares.

'Há 30 anos, os pessimistas da desesperança, entusiastas do mercado, porta-vozes do pensamento único, fizeram achar que tinha terminado a História. Aqui estamos os insubmissos defensores da esperança, de outro mundo possível', sublinhou Díaz-Canel.

jha/ocs/cc

 

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