Barack Obama ameaça invadir a Síria

Os Estados Unidos advertiram nesta segunda-feira (20) que consideram a hipótese de atacar a Síria. Para o presidente Barack Obama, isto poderá ocorrer se forem deslocadas ou utilizadas armas químicas no país.

Obama explicou que até agora não ordenou uma intervenção militar, mas advertiu que os Estados Unidos estão "monitorando a situação cuidadosamente" e elaboraram diversos planos de contingência.

"Pode haver enormes consequências se começarmos a observar a movimentação ou o uso de armas químicas (...). Isso mudaria meus cálculos significativamente", disse em coletiva de imprensa.

"Comunicamos em termos firmes a todos os atores na região que isto (o uso de armas químicas) é a linha vermelha para nós e que pode haver enormes consequências", disse o mandatário.

Nada indica, porém, o "deslocamento" e o "uso" de armas químicas por parte do Exército sírio.

Em Paris, o presidente francês, François Hollande, considerou nesta segunda-feira que "não pode haver solução política se Bashar al-Assad não deixar" o poder na Síria, durante um encontro com o novo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi.

O governo sírio respondeu, indicando que essas declarações são "contrárias à realidade" e que "o que há no terreno são crimes terroristas contra o povo sírio praticados por grupos armados salafistas apoiados por países conhecidos".

O governo de Bashar al-Assad acusa a Arábia Saudita e o Catar de fornecer armas aos rebeldes, apoiados também por agentes secretos americanos, britânicos e alemães, segundo os meios de comunicação da Alemanha e do Reino Unido.

Exatamente um mês depois do início da batalha de Alepo, ocorreram nesta segunda-feira combates no centro da cidade, entre as forças mercenárias e o o Exército nacional.

Em Damasco, eclodiram enfrentamentos em bairros do leste e do sul.

Do Portal Vermelho, com agências

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Timothy Bancroft-Hinchey