"Cheguei a Moscou para explicar a situação e conhecer seu ponto de vista e seus conselhos, não só como líder da Rússia, mas também como dirigente do país que preside este ano o Grupo dos Oito (G8)" Estados mais industrializados, disse Wolfensohn a Putin no início da reunião.
Putin lembrou o trabalho anterior de Wolfensohn à frente do Banco Mundial, quando foram colocadas "as bases para a cooperação" dessa instituição com a Rússia pós-soviética, e o elogiou por "continuar sua enérgica atividade" na comunidade internacional.
O chefe do Kremlin afirmou que as relações de Wolfensohn com Moscou são atualmente "ainda mais estreitas", devido a sua condição de enviado especial do Quarteto de Madri de mediadores internacionais para o Oriente Médio - formado pelos EUA, Rússia, ONU e União Européia.
"Sei que o senhor fez uma viagem por países do Golfo Pérsico e arrecadou vários fundos para o processo de paz no Oriente Médio", disse Putin, que agradeceu a seu interlocutor a "oportunidade de conversar" sobre a situação nessa região, segundo a agência "Interfax", e depois disso a reunião prosseguiu sem a presença da imprensa.
Espera-se que um dos temas da reunião seja o convite que Putin fez ao Hamas, que venceu as recentes eleições parlamentares palestinas, de enviar uma delegação a Moscou para iniciar conversas.
Putin justificou o convite com o argumento de que seu Governo nunca considerou o Hamas como um grupo terrorista, como o qualificam seus outros parceiros do Quarteto de Madri.
O Kremlin diz que aproveitará essa reunião, criticada por Tel Aviv e só apoiada claramente por Paris, para transmitir ao Hamas as condições estipuladas pelo Quarteto sobre a necessidade de que o movimento islâmico renuncie à violência e reconheça Israel.
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