A cafetina Jiselda Aparecida de Oliveira, a Gigi, presa ontem pela Polícia Federal, usava o e-mail como principal meio de oferecer suas garotas aos clientes. No seu cadastro dos clientes, segundo a PF, havia nomes de políticos, empresários, jogadores de futebol e até autoridades estrangeiras.
Com 30 anos no ramo, conforme foi descoberto pela PF em uma escuta telefônica, Gigi possui em seu catálogo um book com mais de mil fotos de garotas de programa, que inclui atrizes, modelos e personalidades que se destacam na mídia, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo". Gigi aliciava também garotas que saíam em revistas masculinas.
As fotos do catálogo de Gigi foram apreendidas pela PF. As meninas, que valiam de R$ 500 a R$ 70 mil por uma noite, devem ser intimadas para depor, a fim de comprovar a prática do crime. Os depoimentos seriam só mais um indício, pois, segundo o delegado Flávio Luiz Trivella, já há prova robusta contra o esquema.
Além das 900 horas de gravações de conversas pelo telefone e a quebra de sigilo telemático (troca de e-mails entre os envolvidos), a PF apreendeu computadores, documentos e agendas nas casas e escritórios do esquema de cafetinas e cafetões de luxo.
A Operação Afrodite cumpriu 18 mandados de busca e apreensão na capital paulista, em Santo André, no ABC, e em uma chácara em Juquitiba, na Grande São Paulo, que seria de propriedade de Gigi. Além da artista plástica, foram presos temporariamente por envolvimento no esquema Rogério Aparecido Rodrigues, Walisbalde José dos Santos, Claudine Luz, Raimundo Marcos Pereira (o Marquinhos), Glauber Gonçalves Santos e Elisângela Olímpio dos Santos (a Lica).
Segundo "Terra"
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