Adilson Roberto Gonçalves
Aproveitando uma entrevista para um grupo de poetas no WhatsApp, seleciono alguns trechos em que me referi ao que lia.
Gosto muito de Mário Quintana, ainda que não seja meu autor de cabeceira. Também em meu blog (https://adilson3paragrafos.blogspot.com/) já o mencionei algumas vezes, especialmente quanto à citação “a mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer”. Creio que não o li tanto quanto deveria.
Manoel de Barros brinca gostosamente com as palavras com uma simplicidade só sua. Gosto de ler, mas parece que – não somente no caso dele – fico me policiando para não imitar, tentar criar algo próprio. Mas ele usa tão bem as palavras que por vezes é inevitável.
Poesia a melhor continua sendo Leminski e a prosa, depois de Machado, é Saramago. A poesia de Saramago ainda não li e é um projeto para ser feito em breve.
Perguntado sobre a obra de Chico Buarque, ele é um dos meus ídolos e, se quiserem ler um pouco mais, falei dele em meu blog. Soube traduzir em música muita poesia e vice-versa. Creio que ele é mais poeta do que músico, mas é opinião pessoal. Fui a um show dele quando aluno da Unicamp. Inesquecível sua presença ali. Para mim é difícil eu me separar de mim mesmo. Então creio que assim é o compositor do poeta.
Agradecendo a oportunidade de estar com aqueles outros poetas e escritores, foram perguntas muito boas, instigantes, que me fizeram refletir ainda mais sobre a natureza poética da existência. Em outros artigos, aprofundei o pensar poético (https://www.chumbogordo.com.br/445997-o-papel-social-da-poesia-por-adilson-roberto-goncalves/).
Adilson Roberto Gonçalves, pesquisador da Unesp, membro da Academia Campineira de Letras e Artes, da Academia de Letras de Lorena, do Instituto de Estudos Valeparaibanos e do Instituto
Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas