Bolívia: Mulheres fortalecem a luta contra a violência

Bolívia: Mulheres fortalecem a luta contra a violência

La Paz, (Prensa Latina) A presença de mulheres na Força Especial de Luta Contra a Violência (Felcv) garante mais eficiência, sensibilidade para a problemática e transparência, destacou hoje o ministro de Interior, Carlos Romero.

O Conselho de Ministros promulgou na véspera um decreto sobre a reestruturação da Felcv, com maior incorporação feminina e a especialização dos agentes a fim de fortalecer a esse organismo no confronto e erradicação da violência em todas suas manifestações.

Instruiu-se de que sejam mulheres as que presidam o organismo a nível nacional e departamental, declarou Romero à estatal TV Bolívia TV.

Disse o titular que com oficiais mulheres se consegue 'mais eficiência, transparência e sensibilidade na problemática' da violência, sobretudo, contra a mulher, e inclusive as crianças.

Tentamos garantir mais compromisso, mais conhecimento da problemática e mais transparência, enfatizou.

O Governo boliviano ativou assim mesmo nesta semana o Sistema Integrado de Registro e Alerta Imediata, 'Adela Zamudio' para enfrentar em tempo real as denúncias de maltratos e agressões.

A medida vai orientada a uma redução dos índices de feminicidio -128 informados em 2018- e os casos de violência que totalizaram no ano passado 37 mil, dos quais 32 mil 58 ocorreram no âmbito familiar ou doméstico; e quatro mil e 645 estiveram associados com delitos sexuais.

Quanto ao dispositivo de alarme que se instalarão em telefones móveis, Romero indicou que isso vai permitir desde um celular, em tempo real, ativar um alarme no centro de monitoramento da Felcv se há uma ameaça ou alguma ação para uma mulher desde o domicílio.

O alerta vai permitir-nos referenciar e identificar o lugar e à pessoa que está mandando a denúncia, explicou o titular.

O presidente Evo Morales anunciou na sexta-feira última um pacote de sete novos regulamentos para combater a escalada de assassinatos e violência contra as mulheres.

A Bolívia ocupa o terceiro lugar na América do Sul por delitos de feminicidio, apesar de contar com mais de uma dezena de disposições legais, adotadas desde 2006 pelo Governo do presidente Evo Morales.

 

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Timothy Bancroft-Hinchey