Causas, Sintomas, Consequências e Suscetibilidade - Atingindo de 7% a 20% dos atletas no Brasil, o overtraining varia de indivíduo para indivíduo, isto é, aquilo que representa excesso para um pode não ser para outro.
Edu Montesanti
Atingindo de 7% a 20% dos atletas no Brasil, o overtraining varia de indivíduo para indivíduo, isto é, aquilo que representa excesso para um pode não ser para outro.
Mas é fato: noites mal dormidas e alimentação insuficiente colocam o atleta ou qualquer um que exerça atividades esportivas com relativa freqüência, como sério candidato a sofrer deste grave mal.
O overtraining é definido como um estado de depressão crônica do desempenho esportivo em até 15%, com elevação ou manutenção da carga de treinamento, acompanhado por sinais característicos.
Além da queda do desempenho no treinamento diário, são também evidências do overtraining a não-recuperação física e mental através da alimentação e do sono - pelo contrário, o atleta desperta já cansado, nestes casos, antes mesmo do treinamento -, perda de apetite, aumento da ansiedade, irritação e perda até de massa muscular - o catabolismo, que será abordado com um pouco de detalhes proximamente, em outro artigo nesta Página.
OUTROS SINTOMAS E CONSEQÜÊNCIAS:
Maior risco de lesões; Pré-disposição a doenças; Encerramento pré-maturo da carreira esportiva.
CAUSAS DO OVERTRAINING
As causas do overtraining dividem-se em primárias e secundárias.
As primárias caracterizam-se por:
a) baixa capacidade de adaptação a competições pesadas e freqüentes; / b) recuperação insuficiente; / c) fatores psicológicos.
As causas secundárias, por suas vezes, envolvem outros fatores:
a) nutricionais; / b) infecciosas; / c) ambientais, entre outras.
QUEM É SUSCETÍVEL?
a) Atletas de todos os níveis de performance, não só os de ponta. Pode ocorrer, como já foi mencionado, com quem simplesmente faz exercícios físicos em academia ou corre, por exemplo, três vezes por semana no parque. A capacidade de cada um é colocada em questão quando se trata do overtraining;
b) Atletas altamente motivados;
c) Atletas pouco experientes / auto-treinamento;
d) Atletas treinados por amadores;
e) Aqueles que estão retornando à programação de treinamento,
f) Praticantes de modalidades nas quais o uso da força, velocidade e coordenação são essenciais (tais como atletismo e ginásticas olímpicas).