Começa amanhã, quinta-feira, o 65. Festival Internacional de Cinema de Berlim, considerado o terceiro na ordem de importância mundial. O filme de abertura, Ninguém quer a noite, é da espanhola Isabel Coixet, filmado na Groenlandia, e conta um aspecto menos conhecido da vida do explorador do Ártico, Robert Edwin Peary, ao qual se atribuiu a descoberta do centro do Polo Norte.
A viagem de Josephine, sua esposa enciumada, interpretada pela francesa Juliette Binoche, em busca de Peary no Ártico, onde o explorador vivia com uma esquimó muito mais jovem.
Não há filmes lusoafricanos, mas o francófono A Sirena de Faso Fani, de Michel Zongo, do Burkina Faso, e uma coprodução anglófona, Os ladrões de Boda Boda (motos boy), reunindo África do Sul, Uganda, Quênia sob a direção de Yes That´s Us, além de filmes do Egito e do Marrocos.
Dois filmes portugueses serão exibidos em Berlim: Rabo de Peixe, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, rodado nos Açores, e Iec Long, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, rodado numa fábrica chinesa de cartuchos de pólvora.
O Brasil não está na competição, mas há dez filmes brasileiros programados nas diversas mostras paralelas, inclusive um documentário de Walter Salles feito na China, Jia Zhang-Ke, um homem de Fenyang.
Três filmes dão destaque aos índios brasileiros.
Rui Martins, de Berlim