Vladimir Putin e a luta anti-imperialista

O imperialismo é a fase superior do capitalismo, já dizia Lenin. Com uma indústria desenvolvida e na ânsia de aumentar ainda mais os seus lucros, ele dinamiza a indústria bélica para invadir países e saqueá-los, o que gera trilhões para grandes empresas dos principais países capitalistas.

Por Cristiano Alves

Esse imperialismo, embora exercido em conjunto por uma série de países, encontra seu ímpeto mais agressivo nos Estados Unidos da América, que o escancara sob a falácia da "luta pela liberdade e pela democracia". A "Terceira Roma" não poupa esforços para combater exclusivamente fora de seu território, enviando sua marinha para os locais mais distantes do planeta e dar umas "liçõezinhas de democracia". Há um país, entretanto, que pela sua herança do passado se contrapõe a isso, a Rússia de Vladimir Putin.

 

Mimi Al Laham, mais conhecida como "A garota síria", ativista síria residente nos Emirados Árabes Unidos, tem enfatizado em várias oportunidades o papel da Rússia na manutenção da paz na Síria. O governo de Putin enviou cruzadores, poderosas belonaves, para o Oriente Médio, além de ter enviado suprimentos médicos e militares para Assad, presidente sírio, armas, consertado seus helicópteros de ataque, e enviado as versões mais modernas do helicóptero de ataque Mi-25, essencial no combate às guerrilhas terroristas. Ele também exigiu o fim do apoio à Al-Qaeda na Síria, que lutava contra Assad e era apoiada pelos EUA e Israel. Além das fronteiras sírias, o governo de Putin também foi fundamental na manutenção da paz na Ossétia georgiana, atacando um aliado da OTAN, na manutenção da República Socialista da Transnístria, uma chama não apagada que restou da URSS, é um importante aliado da república socialista de Belarus, da Cuba socialista, da Coreia do Norte, além de ter garantido apoio ao direito de autodeterminação do povo da Crimeia. Na Ucrânia Oriental, apesar dos milicianos clamarem ter sido abandonados, ele tem, dentro de suas possibilidades, urgido ao povo russo que ajude a Novorrússia.

 

Não se pode ter a ilusão de que Putin é um novo "camarada soviético", mas sem dúvidas, nos últimos anos, tem se revelado um importante aliado estratégico que se colocou na frente das investidas mais insanas e sanguinárias do imperialismo, exercidas pela OTAN. Deste modo, esse mérito não pode ser retirado do presidente Vladimir Putin, que agora se encontra frente a uma importante decisão a ser tomada da qual dependerá o destino da Rússia e de todas as lutas anti-imperialistas no mundo todo, quanto à questão ucraniana. Não se pode pensar em um mundo novo sem se pensar na Rússia, dela depende em grande parte a força do movimento comunista mundial. Sua derrota é a vitória das doutrinas de senhoria mundial, da barbárie e da insanidade, e para derrotar a Rússia o imperialismo trabalha dia e noite, militarmente e "pacificamente", com uma guerra de informação contra a Rússia, caluniando-a e difamando-a, o que merece o nosso decidido repúdio e oposição!

 


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Timothy Bancroft-Hinchey