O objetivo é distribuir os 2.182 médicos estrangeiros que aderiram à segunda etapa do programa Mais Médicos em 783 municípios das 27 unidades da federação. (Marcio Vieira/ATN)
Najla Passos/Carta Maior
Brasília - Está em curso uma das maiores operações logísticas já realizada pelas Forças Armadas brasileira. O objetivo não é deslocar tropas ou transportar armas, mas distribuir os 2.182 médicos estrangeiros que aderiram à segunda etapa do programa Mais Médicos em 783 municípios das 27 unidades da federação.
A previsão do Ministério da Saúde (MS) é que, a partir de 4/11, quando eles estiverem em atuação junto aos 1,9 mil profissionais que aderiram à primeira fase do programa, 13 milhões de brasileiros estarão cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), grande parte deles moradores dos 700 municípios brasileiros que, até então, não contavam com nenhum médico.
Nesta etapa, foram contemplados 432 municípios do nordeste, 141 do norte, 100 do sudeste, 74 do sul e 36 do centro-oeste. Segundo o MS, a distribuição seguiu critérios técnicos, que deram igual prioridade às cidades em que é maior a parcela da população que depende completamente do atendimento ofertado pelo SUS e àquelas com alto percentual da população em situação de pobreza, conforme o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Operação
Onze aeronaves da Aeronáutica participam da operação, que teve inicio às 5:30 h de sábado, com a saída dos médicos de Brasília (DF), Recife (PE) e Vitória (ES) para Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Aracaju (SE), Teresina (PI), Petrolina (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Rio (RJ), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Maceió (AL) e Boa Vista (RR).
Nos estados, os médicos passam por novo processo de ambientação, com duração de uma semana. Durante as aulas, irão aprender mais sobre as variações da língua portuguesa falada em cada região, sobre os problemas de saúde mais comuns no local e conhecerão a rede de atendimento pública, antes de seguirem para seus destinos finais, em operações que serão coordenadas pelos governos e prefeituras.
A distribuição dos 500 profissionais que atuarão na Amazônia Legal, que exige mais estrutura, caberá às Forças Naval e Terrestre. Conforme planejamento do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), a Marinha dará suporte aos profissionais que chegarem a Manaus (AM), Belém (PA) e São Luís (MA) e o Exército cuidará dos direcionados à Macapá (AP), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Palmas (TO) e Rio Branco (AC).
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