130 anos da morte de Karl Marx: Proletários de Todos os Países, Uni-vos!
Paulo Galvão Júnior*
1. Considerações Iniciais
O presente artigo disponibiliza uma breve síntese da vida e da obra do filósofo alemão Karl Marx. Nas comemorações alusivas aos cento e trinta anos de aniversário de morte de Karl Marx é importante conhecermos um pouco mais acerca desse economista alemão que nasceu na mais antiga cidade da Renânia e que viveu mais da metade da sua vida como exilado. Diante das homenagens póstumas aos 130 anos da morte de Karl Marx no jornal Pravda.RU, uma pergunta se apresenta como pertinente: Qual é o pensamento de Karl Marx sobre a sociedade capitalista?
2. Vida e Obra de Karl Marx
Karl Heinrich Marx nasceu Trier, Alemanha, em 5 de maio de 1818 e morreu em Londres, Inglaterra, em 14 de março de 1883. Marx foi o terceiro de oito filhos de uma família de classe média. Seu pai, Hirschel Heinrich Marx, e sua mãe, Henrietta Pressburg, eram de origem judia.
Karl Marx escreveu vários livros como A Questão Judaica (1843); Crítica da Filosofia do Direito de Hegel (1843); Teses sobre Feuerbach (1845); A Miséria da Filosofia (1847); Crítica da Economia Política (1859); Crítica do Programa de Gotha (1875) e em parceria com o grande pensador alemão Friedrich Engels (1820-1895) as obras A Sagrada Família (1845); A Ideologia Alemã (1846); e O Manifesto do Partido Comunista (1848).
O filósofo, economista, historiador, jornalista, político e cientista social Karl Marx nunca escreveu um livro dedicado especificamente à metodologia da Sociologia para expor, mas deixou dispersas por numerosas obras escritas, um conjunto de reflexões metodológicas, nas quais desenvolve o seu próprio método por meio da crítica ao Idealismo Absoluto de Hegel (1770-1831), o Socialismo Utópico francês e à Economia Política inglesa.
O cerne das ideias de Marx é a luta de classes, o conflito entre duas classes sociais, a burguesia (classe exploradora e opressora) e o proletariado (classe explorada e oprimida). A burguesia é a classe proprietária dos meios de produção (capital, fábricas, terra, máquinas, ferramentas, matéria-prima etc.). O proletariado é a classe despossuída dos meios de produção e proprietária da força de trabalho.
O objetivo principal de Marx é abolir os antagonismos das classes sociais ao coletivizar os meios de produção e criar uma sociedade sem classes, uma sociedade igualitária, na qual todas as pessoas deveriam ter oportunidades iguais para desenvolverem suas potencialidades.
Marx é o pai do Socialismo Científico (junto com Engels) e de ideias notáveis para sua época como acumulação primitiva de capital, acumulação capitalista, exército industrial de reserva, mais-valia, alienação, luta de classes, fetichismo da mercadoria, comunismo, materialismo dialético e materialismo histórico. O sociólogo alemão Karl Marx, o sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) e o sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) são considerados os clássicos da Sociologia.
Em Londres, a partir de 24 de agosto de 1849, Karl Marx viveu a maior parte de sua vida intelectual, e sustentou sua família (esposa que transcrevia seus manuscritos, quatro filhas e dois filhos) com objetos penhorados, com artigos que publicava ocasionalmente em jornais alemães como Das Volk e jornais americanos como New York Daily Tribune, como também, com livros publicados como O 18 Brumário de Luís Bonaparte (1851) e A Guerra Civil na França (1871). Mas ele sempre contou mensalmente com a valiosa colaboração financeira do seu grande e verdadeiro amigo, o autor do célebre livro A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra (1845), Friedrich Engels (filho de rica e industrial família alemã com fábricas em Bremen e Manchester).
Marx era chamado de "Mouro" pelos familiares, devido à sua tez escura. Marx gostava de ler poesias de Goethe e Shakespeare. Com a morte por câncer da amada esposa Jenny von Westphalen, em 02 de dezembro de 1881, além do falecimento por câncer da mais velha e mais querida filha Jenny Caroline, em 11 de janeiro de 1883, Marx caiu em grande depressão aliada a sua frágil saúde, ocasionada por noites mal dormidas, cigarro, bebida e por mais de 30 anos de péssimas condições de vida, no qual resultou em sua morte em 14 de março de 1883, aos 64 anos de idade, em Londres.
Em 17 de março de 1883, a filha Jenny Eleanor Marx e amigos mais próximos de Karl Marx prestaram homenagem no seu funeral no Highgate Cemetery, na capital do Reino Unido. Friedrich Engels discursou as seguintes palavras: "(...) Assim como Darwin descobriu a lei do desenvolvimento da natureza orgânica, Marx descobriu a lei do desenvolvimento da sociedade humana. (...) Pois Marx era, antes de tudo, um revolucionário. (...) Seu nome viverá através dos séculos, e como a sua obra".
3. O Pensamento Revolucionário de Marx
Aos 23 anos de idade, para Karl Marx, já Doutor em Filosofia na Universidade de Iena com a apresentação de uma tese sobre os filósofos materialistas da Antiguidade, Demócrito e Epicuro, o que realmente importa é transformar o mundo: "Os filósofos não fizeram mais do que interpretar de diversos modos o mundo, mas do que se trata é de transformá-lo".
Karl Marx escreveu duas grandes obras revolucionárias: O Manifesto do Partido Comunista e O Capital. Para Marx, o capitalismo não passava de uma grande injustiça social, enriquecendo a burguesia por meio da mais-valia, e empobrecendo o proletariado por meio da exploração e da alienação.
A ideia revolucionária de Marx é indicada já na primeira linha do capítulo 1 do O Manifesto do Partido Comunista: "A história de todas as sociedades que já existiram é a história da luta de classes". Marx argumentou que o capitalismo, como sistemas econômicos anteriores, vai produzir tensões internas que levam à sua autodestruição. Assim como o capitalismo substituiu o feudalismo, o capitalismo será substítuido pelo comunismo, uma sociedade sem classes, sem propriedade privada, sem Estado. Karl Marx enxergava o capitalismo como o sistema econômico mais revolucionário da História humana.
Marx argumentou: "A burguesia, pelo rápido melhoramento de todos os instrumentos de produção, pelas comunicações infinitamente facilitadas, arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização. Os preços baratos das suas mercadorias são a artilharia pesada com que deita por terra todas as muralhas da China, com que força à capitulação o mais obstinado ódio dos bárbaros ao estrangeiro. Compele todas as nações a apropriarem o modo de produção da burguesia, se não quiserem arruinar-se; compele-as a introduzirem no seu seio a chamada civilização, isto é, a tornarem-se burguesas. Numa palavra, ela cria para si um mundo à sua própria imagem".
Os pensadores revolucionários Marx e Engels quando jovens, o primeiro com 30 anos e o segundo com 28 anos, escreveram e publicaram em 21 de fevereiro de 1848 O Manifesto do Partido Comunista. Os jovens do século 21 podem ler esta obra que completou 165 anos no tablet, notebook, netbook, computador ou smartphone em versão digital na internet. Marx e Engels defenderam o surgimento de uma sociedade comunista: "Para o lugar da velha sociedade burguesa com as suas classes e oposições de classes entra uma associação em que o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos".
Em 14 de setembro de 1867, Karl Marx escreveu e publicou a sua obra prima, O Capital: Crítica de Economia Política. No capítulo I a ênfase foi à análise da mercadoria. Ele começou apontando dois importantes fatores da mercadoria, o valor de uso e o valor de troca. Em seguida Marx questionou: Qual é o valor da mercadoria? Ele mesmo respondeu: O valor da mercadoria é o tempo de trabalho socialmente necessário para a sua produção. Outra pergunta: Qual é o valor da força de trabalho? A resposta foi: É determinado pelos meios necessários à subsistência do trabalhador e sua reprodução. Então, para Marx a mercadoria é a célula mais simples da sociedade burguesa.
Segundo o historiador marxista inglês Eric Hobsbawm (1917-2012) no livro A Era do Capital, "a mais importante obra do mais formidável crítico do capitalismo, O Capital, de Karl Marx (1867)". O Capital é o segundo livro mais vendido do mundo. Na biblioteca do Museu Britânico Karl Marx estudou muito sobre o capitalismo e analisou o capital constante (máquinas, equipamentos, matérias-primas etc.) e o capital variável (força de trabalho). No capitalismo industrial a força de trabalho assalariada tornou-se uma mercadoria. O valor da força de trabalho é pago pelo capitalista com o salário estritamente necessário a sobrevivência do trabalhador. O capitalista enriquece ao comprar mais máquinas, mais matérias-primas para aumentar a produção, enquanto o trabalhador empobrece ao vender suas horas de trabalho para sobreviver, desta forma, o capitalista se apropria do trabalho excedente, então, este se transforma em mais-valia. Portanto, a mais-valia é constituída na produção social, enquanto a sua transformação em capital, depende do comércio e da circulação das mercadorias.
A mais-valia foi definida pelo Professor Paulo Sandroni no Dicionário de Economia do Século XXI da seguinte maneira: "Conceito fundamental da economia política marxista, que consiste no valor do trabalho não pago ao trabalhador, isto é, na exploração exercida pelos capitalistas sobre seus assalariados". A mais-valia de Karl Marx pode ser representada pela seguinte equação: M = C + V + m, onde M = valor total da mercadoria; C = capital constante; V = capital variável; e m = mais-valia.
Em O Capital, Marx denunciou o trabalho infantil no modo de produção capitalista: "Metade dos trabalhadores são crianças com menos de 13 anos, e os jovens menores de 18 anos. (...) 270 eram menores de 18 anos, 50 com 10, 10 apenas 8, e 5 apenas 6 anos de idade! A duração da jornada de trabalho de 12 a 14 ou 15 horas, (...). Dante teria encontrado os piores horrores de seu Inferno ultrapassando nesta manufatura".
Em O Capital, Karl Marx enfatizou que: "Os donos do capital estimularão a classe trabalhadora para que comprem mais e mais bens de consumo, casas, tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que a dívida se torne insuportável. O débito não pago da dívida levará os bancos à falência, porque terão que ser nacionalizados e o Estado dirigir a economia". As crises do capitalismo foram analisadas também por Marx.
Marx foi alvo de muita censura e expulso de três países da Europa Ocidental (Alemanha, França e Bélgica), por causa da radicalidade dos seus pensamentos e da militância em organizações como a Liga dos Justos depois a Liga dos Comunistas e em movimentos revolucionários como a Revolução de 1848 e a Comuna de Paris em 1871 (na qual pela primeira vez o proletariado deteve o poder político durante 72 dias).
Como imigrante ilegal, não poderia arranjar emprego em Londres, por isso, Marx teve uma vida muito difícil no exílio político. Ao mesmo tempo rica na capacidade de transformar o mundo. Marx era dotado de uma mente brilhante, além da sua língua materna, o alemão, era fluente em inglês, francês, espanhol e russo, e, sobretudo, movido pela ânsia de reformas política, econômica e social, se lançou sem medo pelos caminhos da ação revolucionária na Europa. Para Marx: "Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência".
Engels após a morte de Marx continuou a escrever os seus manuscritos e publicou o volume II de O Capital (1885) e o volume III de O Capital (1894). O volume IV de O Capital foi lançado com subítulo intitulado "Teorias da mais-valia" em 1905, pelo socialista alemão Karl Kautsky (1854-1938), após a morte de Engels, com os comentários críticos de Marx a autores de Economia Política Clássica como o economista escocês Adam Smith (1723-1790).
Após a sua morte foi publicado também o livro intitulado Manuscritos Econômico-Filosóficos. Sendo escrito por Marx entre abril e agosto de 1844 e sua primeira edição foi em 1932. Marx escreveu as seguintes palavras: "O capitalista pode viver mais tempo sem o trabalhador do que o contrário. (...) O trabalho é uma mercadoria; se o preço é elevado, a procura é grande, e se o preço é baixo, a oferta é grande". Já os manuscritos "Grundrisse" foram escritos entre 1857 e 1858, mas só divulgados em 1941.
Marx mostrou que no capitalismo a infraestrutura (estrutura material da sociedade) influencia e determina a superestrutura (estrutura jurídica, política e ideológica). Então, Marx escreveu: "De nada valem as ideias sem homens que possam pô-las em prática". O pensamento revolucionário de Marx influenciou decisivamente no pensamento do desconhecido estudante russo na Universidade de Kazan em agosto de 1887, que 30 anos depois foi o grande líder da Revolução Russa de 1917. Lênin (1870-1924) refere-se ao período de trabalho de Marx na Gazeta Renana e na Nova Gazeta Renana como um período de transição do idealismo especulativo hegeliano para o materialismo dialético. Segundo o Professor Paulo Sandroni no Dicionário de Economia do Século XXI, "A importância da contribuição teórica e prática de Lênin para a teoria marxista deu origem à expressão marxismo-leninismo".
O materialismo dialético seria o processo social pelo qual as classes contraditórias se conflitam e produzem uma nova classe, na qual a sociedade humana avança de um estágio tradicional e atrasado rumo a um estágio livre de contradições e conflitos sociais, ou seja, uma sociedade comunista. Diz Marx no O Capital, "Meu método dialético não só é fundamentalmente diverso do método de Hegel, mas é, em tudo e por tudo, o seu reverso. Para Hegel o processo do pensamento que ele converte inclusive em sujeito com vida própria, sob o nome de ideia, é o criador do real e este, a simples forma externa em que toma corpo. Para mim, o ideal, ao contrário, não é mais do que o material, traduzido e transposto para a cabeça do homem".
Já o materialismo histórico é olhar de Marx e Engels para os fenômenos da História humana, com a visão dialética do mundo. Quando o homem transforma a natureza numa ação econômica, ele transforma-se a si mesmo. Para Marx as relações sociais de produção (organização e interação das classes na sociedade) mais as forças produtivas (terra, trabalho, capital e tecnologia) resultam na base econômica da sociedade capitalista.
Quando Lênin fundou o jornal Pravda (verdade em português) em 1912 e a partir de 1922 como o primeiro chefe de Estado da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o pensamento revolucionário de Karl Marx foi muito mais divulgado em russo: "Tudo o que é sólido se desmancha no ar" ou "O capitalismo gera o seu próprio coveiro".
4. Considerações Finais
Em Londres, há 130 anos morria pacíficamente em sua poltrona, Karl Marx. Ainda hoje, Marx é um dos grandes pensadores que mais influenciaram a História da humanidade. Após a queda do Muro de Berlim em novembro de 1989 e o fim da URSS em dezembro de 1991, a influência do pensamento marxista foi bastante enfraquecida em vários países do mundo.
Hoje, a sociedade capitalista globalizada ainda não esqueceu nem tão pouco sepultou a obra de Karl Marx, em plena crise econômica do capitalismo, iniciada em setembro de 2008, no país mais rico do mundo, os Estados Unidos da América (EUA), e que atravessou o Oceano Atlântico, contagiando os 27 países da União Europeia (UE), sobretudo os 17 da Zona do Euro.
O espectro do desemprego ronda pelos países da UE. Atualmente, a UE tem mais de 26 milhões de desempregados. A maioria dos desempregados europeus é jovem, por exemplo, na Espanha, 56,5% dos jovens estão sem emprego.
Com a crise, os bancos e as empresas dispensaram centenas de trabalhadores.
De acordo com a sua filha Jenny Eleanor Marx: "(...) o movimento operário havia avançado tanto que Karl Marx poderia pensar em executar um plano há muito tempo almejado - a fundação de uma Associação Internacional dos Trabalhadores em todos os países mais avançados da Europa e América. Em abril de 1864, foi realizado um encontro público para expressar solidariedade com a Polônia. Esse encontro trouxe operários de várias nacionalidades e, então, decidiu-se fundar a Internacional". Marx abriu os olhos e bocas dos trabalhadores, estimulando a crítica, o debate e a ação.
Ressalto que no comunismo não há necessidade de existência de um Estado, de um Estado opressor, em virtude do fato de que todas as decisões políticas são tomadas pela democracia proletariada. Portanto, nenhum país até os dias atuais respirou os ares de uma sociedade comunista. Muitos países da Europa Oriental já foram nações socialistas como a Polônia entre 1945 a 1989. Um ano depois, o líder do sindicato Solidariedade Lech Walesa foi eleito presidente da Polônia em 1990.
Os maiores críticos da teoria marxista retiraram a máscara da ditadura do proletariado na Guerra Fria. Para Marx a ditadura do proletariado é uma fase de transição necessária para a abolição de todas as diferenças de classe e o advento da sociedade comunista, sem exploração do trabalhador. Com o fim da Guerra Fria, 20% da humanidade ainda vivem em cinco países socialistas (China, Coreia do Norte, Cuba, Vietnã e Laos), comandados por único partido. Os outros 80% da humanidade vivem em países capitalistas como EUA, Alemanha, Japão, França, Inglaterra, Itália, Canadá, Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e outros países.
É muito preocupante para toda humanidade, quando a Coreia do Norte ameaça um ataque nuclear aos EUA, caso não interrompa imediatamente os treinamentos militares das forças norte-americanas e sul-coreanas próximas as suas fronteiras. Por que um país tão pequeno e tão pobre produz bombas atômicas? Por que os dirigentes de um único partido político não dão o direito do contraditório aos trabalhadores e aos estudantes?
Karl Marx quando vivo não negou a superpopulação como causa da fome. Ele afirmou que o crescimento populacional é o resultado do modo de produção capitalista. Em O Capital, Marx disse: "superpopulação relativa é, portanto, o eixo sobre o qual funciona a lei da oferta e da procura da mão de obra". Marx acreditava que o capitalismo necessitava de mão de obra abundante e barata: "Até mesmo Malthus reconhece na superpopulação - que ele em sua visão estreita interpreta como consequência do excessivo crescimento absoluto da população trabalhadora, e não de esta ter sido tornada relativamente redundante - uma necessidade da indústria moderna". Na atualidade, o problema da fome atinge cerca de três bilhões de pessoas, que sofrem com a insegurança alimentar no mundo, segundo dados de 2012 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Marx com o seu método dialético, a perspectiva da revolução proletariada e a teoria do valor-trabalho continuará influenciando os estudantes de Economia, de Sociologia, de História, de Filosofia e de Administração em todo o mundo, inclusive no Brasil. Porque temos desigualdades sociais e desempregados nos cinco continentes do planeta. Porque constatamos trabalho infantil, analfabetos, miseráveis, pobres, trabalhadores sem teto, trabalhadores rurais sem terra, exploração sexual de crianças e adolescentes nas cinco regiões do Brasil.
Marx é a voz da revolução proletariada: "As revoluções são a locomotiva da História". O modo de produção capitalista e a exploração do trabalhador pelo capitalista para acumular riquezas são condenados por Marx. Sim, Karl Marx como um grande pensador apontava que o proletariado (classe dominada) iria enterrar a burguesia (classe dominante) e distribuir justiça social. Por isso, é correto repetir, 130 anos depois a famosa frase de Marx (e de Engels na última linha do O Manifesto do Partido Comunista, a obra política mais lida e difundida do mundo) e escrita em inglês e letras maiúsculas em seu túmulo no cemitério londrino: "WORKERS OF ALL LANDS, UNITE!".
*Paulo Galvão Júnior, economista brasileiro, autor de quatro livros digitais de Economia: i) RBCAI; ii) Reflexões Socioeconômicas; iii) Novas Reflexões Socioeconômicas; iv) Vamos fazer juntos a Economia Verde?, além de 101 artigos de Economia publicados no Brasil, Rússia, Angola, Equador e Portugal.