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Contrabando de gados paraguaios facilita disseminação de febre aftosa

Contrabando de gados paraguaios facilita disseminação de febre aftosa

Contrabando de gados paraguaios facilita disseminação de febre aftosa, diz pecuarista brasileiro

Fotos Públicas / FMVZ / USP

O Brasil e o Paraguai anunciaram nesta terça-feira (9) que vão firmar um acordo para reforçar a vigilância sanitária na fronteira para proteger a produção de gado e de soja.

Para ser concretizado, o acordo ainda precisa ter aval das áreas jurídicas do governo dos dois países. Ele prevê a criaçao de unidades regionais de vigilância sanitária dos dois lados da fronteira.

Em entrevista à Sputnik Brasil, Jonatan Barbosa, o pecuarista e presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), disse que o maior problema está no gado paraguaio vindo através de contrabando.

"Infelizmente existe contrabando de gado também. Quando o preço no Brasil está acima do preço do Paraguai eles tratam de vender seus produtos aqui pelo fundo da divisa para frigoríficos e outros especuladores do território brasileiro. E quando o preço está melhor do lado de lá, do Paraguai, o gado sai daqui e vai para lá", afirma.

Jonatan Barbosa justifica dizendo que o gado brasileiro já é vacinado quase em sua totalidade.

"O Brasil é muito rigoroso e para o ano que vem provavelmente não haverá mais a obrigação de vacinação [contra a febre aftosa]. O perigo é de lá para cá [do Paraguai para o Brasil]", afirmou.

A medida anunciada pelos dois países busca fortalecer a fiscalização na fronteira e faz parte do plano hemisférico de erradicação da febre aftosa e também inclui o registro de produtores e da população bovina que vive em um raio de 15 km da fronteira.

Os governos do Brasil e do Paraguai vão lançar um projeto de controle integrado para o monitoramento dos rebanhos, que será atualizado a cada quatro meses.

"Nós aqui no Brasil estamos a caminho talvez já no ano que vem de estarmos livres de vacinação, esse ano nós tivemos talvez o último período livre da aftosa com vacinação. mas para o ano que vem teremos que ter muito mais rigorosidade", disse Jonatan Barbosa justificando a necessidade de um acordo conjunto entre Brasil e Paraguai.

A ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, que estava presente no encontro, propôs a participação de outros países da região em um banco de vacinas que está sendo criado no Brasil contra a febre aftosa.

O acordo que ainda será assinado prevê a realização de encontros bilaterais também a cada quatro meses para avaliar as medidas de vigilâncias.

http://www.patrialatina.com.br/contrabando-de-gados-paraguaios-facilita-disseminacao-de-febre-aftosa-diz-pecuarista-brasileiro/

 


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Timothy Bancroft-Hinchey