A negativa do banco norte-americano M&T a continuar a prestação de serviços a missões diplomáticas de Cuba nos Estados Unidos atingiu a Agência Informativa Latino Americana Prensa Latina no escritório das Nações Unidas.
Desde março de 2010, a instituição bancária abrigava a conta do escritório da Prensa Latina na organização mundial, com mais de cinco décadas de trabalho dentro da sede central da ONU em Nova York.
No entanto,em 12 de julho passado, o correspondente da agência recebeu uma carta assinada por Peter Senica, vice-presidente do M&T Bank, com sede em Baltimore, que informou a decisão de "fechar a divisão que presta serviços a entidades diplomáticas e todas as contas relacionadas, incluídas as individuais de seus empregados e família".
Com sede em Havana prestes a completar 55 anos de trabalho, a Prensa Latina é reconhecida a nível mundial como um meio internacional de notícias, especializado na América Latina e o Caribe, com 30 sucursais em todos os continentes.
É também membro fundador da União Latino Americana de Agências de Notícias e participa de maneira ativa no contexto dos Congressos Mundiais de Agências, o mais recente efetuado na Arábia Saudita, neste mês.
A representação do órgão de imprensa frente a ONU renovou e recebeu em janeiro deste ano, a licença especial outorgada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, por suas siglas em inglês) do Departamento do Tesouro, com vigência até 2015.
Esse documento, enquadrado nas "regulações do controle de ativos cubanos" (bloqueio), autorizou ao M&T Bank a "abrir, manter e operar a conta em nome da Prensa Latina", "só para cobrir suas despesas pessoais".
A Seção de Interesses de Cuba na capital estadunidense denunciou há três dias as "restrições vigentes derivadas da política de bloqueio econômico, comercial e financeiro do governo norte-americano contra Cuba".
A Seção salientou que essas limitações têm feito impossível encontrar até a data um banco estadunidense ou de outro país, com sede nos Estados Unidos, que assuma as contas bancárias das missões diplomáticas cubanas e, portanto, suspendeu os serviços consulares.
E também reiterou que o Governo dos Estados Unidos tem a obrigação jurídica de garantir o cumprimento das convenções de Viena sobre relações diplomáticas e consulares.
Fonte: Prensa Latina