Agricultores brasileiros apresentam em Cuba benefícios de agroecologia

Havana, (Prensa Latina) Integrantes de uma delegação do estado brasileiro do Rio Grande do Sul ponderaram neste sábado (07) aqui os benefícios do uso da agricultura orgânica, que preserva os solos e é compatível com a ecologia.


O grupo, que se encontra em Cuba desde o domingo, é integrado por representantes das secretarias de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo e de Agricultura, Pecuaria e Agronegocios, e o Instituto Riograndense de Arroz (IRGA).


A coordenadora da delegação, Andréia Nunes, declarou à Prensa Latina que um dos problemas que enfrentam é o domínio do sistema agroalimentar pelas multinacionais, que impõem o consumo de agrotóxicos e pacotes tecnológicos de sementes, genética, química e outros fatores prejudiciais em muitos casos aos pequenos produtores e camponeses.


O alto uso de agrotóxicos é um exemplo de aspectos que ainda não temos bem resolvidos de nosso Estado, daí que um dos objetivos desta visita seja conhecer a experiência cubana no uso de meios agroecológicos na agricultura, assinalou.


Queremos mudar esse sistema de produção por um autônomo, com uma projeção social.
Terminar com a miséria é um grande objetivo em nosso Estado e no Brasil, assegurou. A grande diferença do Governo do Partido dos Trabalhadores com os que existiram durante anos, é conseguir uma verdadeira inclusão social.


Perguntada sobre a necessidade da cooperação Sul-Sul, disse que o Brasil está em um momento muito bom desde o ponto de vista econômico e do desenvolvimento social. Estivemos durante muito tempo como receptores e explodidos por relações internacionais e é agora que o país tem condições de se projetar na América Latina, de estar com seus irmãos da região, os apoiar e receber também ajuda, pois podemos os acompanhar e de uma maneira diferente à de etapas precedentes.


Temos condições econômicas boas, em um período muito favorável desde o ponto de vista econômico e do desenvolvimento social. O presidente de IRGA, Claudio Fernández Brayer, também transmitiu à PL seu interesse de conhecer a experiência agroecológica desta ilha, já que em seu Estado existe uma agricultura muito baseada em meios químicos.


Assegurou que hoje o mercado agrícola que mais cresce no mundo é precisamente o da agricultura agroecológica, que vai a elementos orgânicos, compatíveis com o meio ambiente.
Também precisou que ainda que o 70 por cento dos produtores agrícolas do Rio Grande do Sul está constituído por pequenos camponeses, responsáveis apenas por 30 por cento do volume de arroz e o resto está a cargo de médios e grandes produtores.


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Timothy Bancroft-Hinchey