Esgotamento dos foliões contagiados pelo ritmo do samba é um perigo para a saúde dos olhos. Saiba como evitar complicações e proteger as crianças.
Precauções higiênicas ajudam, mas não resolvem completamente. Queiroz Neto explica que além de manter as mãos limpas, evitar o compartilhamento de maquiagem e selecionar produtos hipoalergênicos é necessário recompor as defesas do organismo com horas de sono e boa alimentação. Mesmo que o descanso seja feito durante o dia, o médico recomenda escurecer o quarto para garantir a produção da melatonina que protege a visão. Outro cuidado ao primeiro desconforto é aplicar compressas frias de água filtrada. Não desaparecendo os sintomas em dois dias é necessário consultar um oftalmologista. Caso contrário, os olhos ficam expostos a maiores complicações.
Cuidados com as crianças
O oftalmologista ressalta que quanto antes uma criança é exposta à química da maquiagem e cosméticos para compor a fantasia carnavalesca, maior é o estrago para a saúde. Isso porque, na infância o sistema imunológico e os olhos estão em processo de maturação e o organismo cria uma "memória" dos alérgenos a que é exposto. Os produtos de higiene pessoal contêm substâncias tóxicas. Quanto antes acontece a exposição a estas substâncias, maior a chance de ocorrer intolerância ao uso, explica. Por isso, o ideal é só permitir a maquiagem a partir dos 12 anos. O médico lembra que o risco não se restringe ao lápis, delineador, rímel ou sombra. Inclui também o esmalte nas unhas que contém formaldeído, principalmente porque, crianças levam muito as mãos aos olhos. A dica para enfeitar os pequenos é usar pasta d'água que além de ser inócua previne a aparecimento de brotoeja nas peles mais sensíveis. Dois outros vilões para a saúde ocular das crianças são a espuma de carnaval e serpentinas em spray. Isso porque, contêm respectivamente cocobetaína e resinas. Se estas substâncias entram em contato com os olhos queimam a córnea. Nos casos de contato acidental, o médico recomenda lavar imediatamente os olhos com bastante água, sem esfregar a superfície ou colocar qualquer substância química e levar a criança a um oftalmologista de plantão.
Eutrópia Turazzi - LDC Comunicação
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