Expedição russa chegou até Lago "extraterrestre"

No domingo, 5 de fevereiro, tornou-se conhecido que o poço perfurado na Antártida pelos cientistas russos havia chegado à água debaixo da camada do gelo do Lago Vostok. Isolado da superfície há centenas de milhares de anos, este lago de água doce com 250 km de extensão e 50 km de largura (12,5 mil km2) poderia conter formas de vida até agora desconhecidas.

Concluiu com êxito o trabalho que durou mais de 20 anos. O Lago antárctico Vostok, a existência do qual foi predita por cientistas com grande probabilidade acabou por ser localizado à uma profundidade de 3768 metros. Esta é precisamente a espessura do gelo perfurado. E o poço atingiu a água.

Representantes do mundo científico estão em êxtase. A descoberta do lago Vostok, que tem o mesmo nome que a estação antárctica soviética e agora russa, é considerada uma das mais destacadas nos últimos cem anos. As águas do lago não estavam em contacto com o mundo exterior durante as centenas de milhares, até milhões de anos. Talvez sejam mantidos vivos os organismos que existiam naquela época distante. Os cientistas estão ansiosos  para começar a buscá-los. Mas têm que esperar até dezembro do próximo ano, quando as condições meteorológicas na área de perfuração serão mais suportáveis. Agora lá permanece um frio feroz.

A expedição perdida

A vitória dos especialistas russos sobre camada do gelo foi precedida por evento místico. O alarme foi dado por um professor americano, John Prisco, um microbiologista da Universidade de Montana, que estava em contacto com os perfuradores. Passando dias, mas ele não tem conseguido estabelecer o contacto. Os adeptos do paranormal já começaram a sugerir uma coisa anormal: se havia acontecido na estação algo no espírito de thrillers de ficção científica, em que cientistas descobrem na Antártida criaturas alienígenas? Mas nada aconteceu. Descobriu-se que especialistas russos não estavam atendidos por estarem muito ocupados — com pressa para terminar a perfuração.

A propósito, analogias fantásticas surgem em conexão com o Lago Vostok não acidentalmente. É, em fundo, um fenómeno extraterrestre da natureza. Tais lagos e até mesmo a totalidade dos mares, os oceanos, segundo os cientistas, poderiam existir, por exemplo, nos satélites de Saturno e Júpiter a muitos quilómetrosdebaixo da camada de gelo.

Disco voador no fundo?

A investigação demonstra que a profundidade do lago Vostok em alguns locais atinge o comprimento de cerca de 300 km, e a largura — 50. E há evidências de que a água de superfície tem inclinação: a parte do sul é acima do que a do norte. O que é muito intrigante.

E sua fatia do bolo espera os ufólogos. Na verdade, no lado oriental do lago, há uma anomalia magnética forte. Entusiastas não hesitem em assumir que devido a um enorme navio extraterrestre. Seria bom verificar.

Os trabalhos de perfuração começaram em 1989, ainda pelos especialistas soviéticos em conjunto com colegas americanos e franceses. Em 1996 conseguiu-se atingir a marca de 3539 metros. Amostras de gelo a partir desta profundidade mostraram que ele tem idade de, pelo menos, 420.000 anos. Significa, que o lago é mesmo mais velho do que o gelo.

Em 1999, os trabalhos foram interrompidos devido o colapso da URSS, quando até a superfície de água restou por volta de cem metros. O sucesso poderia ser comemorado mais cedo, mas em 2008 quebrou a broca. Foi retirada com grande dificuldade.

Superfície do lago em 2012 alcançou a 57 Expedição antártica russa. Como afirmam os pesquisadores, a tecnologia de perfuração permite conservar o ecossistema do lago. É que a nossa vida não vai penetrar lá.


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Lulko Luba