A celebração da Páscoa na Rússia começa no Sábado a noite, quando os fiéis vão à Igreja e a meia-noite, caminham a volta das igrejas com velas a cantar hinos, até que o Padre bate na porta da Igreja três vezes, convidando os fiéis a entrarem para celebrar a Ressurreição de Cristo. Depois da bênção da sua comida, levada em cestos de Páscoa à Igreja, os fiéis voltam a casa para celebrarem com as famílias e fazem uma grande festa.+
Entre as prendas são ovos coloridos com desenhos de fertilidade ou simplesmente decorados com cores brilhantes este costume começou quando em 1884, o Tsar Aleksandr III pediu a Karl Fabergé, joalheiro e artista da Corte, que fizesse um ovo especial para ele oferecer à Tsarina. O ovo é símbolo de fertilidade e de eternidade.
Quando se dá o ovo, se diz "Kkristos Vosgrés" (Cristo levantou) ao qual se responde Voistinu Vosgres" (verdadeiramente levantado). Esta tradição remonta aos tempos antigos, quando Maria Magdalena trouxe um ovo ao Imperador Tiberius, dizendo "Christo levantou".
Na semana antes da Páscoa (Paskha), as pessoas trazem vergas de salgueiro para casa ("Verba"), tocando com eles uns nos outros para dar sorte.
A comida tradicional na Paskha é um bolo de nozes e frutos, chamado Kulich e para barrar neste bolo, uma pasta de queijo doce, chamada Paskha. Na Kulich se escreve em pedaços de fruta seca as letras em cirílico XB (Khristos Vosgres). Mas o Kulich e a Paskha são apenas duas estrelas na noite.
Também na mesa de Páscoa estará presunto ou borrego assado, começando uma festa depois dos 40 dias de jejum, tradicionalmente sem produtos animais, portanto um jejum vegana.
Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru
Twitter: @TimothyBHinchey
tem trabalhado como correspondente, jornalista, editor-adjunto, editor, editor-chefe, gerente de projeto, diretor, diretor executivo, sócio e proprietário de publicações diárias, semanais, mensais e anuais impressos e on-line, emissoras de TV e grupos de mídia impressos, difundidos e distribuídos em Angola, Brasil, Cabo Verde, Timor Leste, Guiné-Bissau, Portugal, Moçambique e São Tomé e Príncipe; tem contribuído para a publicação do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa, Dialog e tem escrito para o Ministério das Relações Exteriores de Cuba nas Publicações Oficiais.
Passou as últimas duas décadas em projectos humanitários, ligando comunidades, trabalhando para documentar e catalogar línguas, culturas, tradições em vias de desaparecimento, trabalhando para formar redes com as comunidades LGBT, ajudando a criar abrigos para vítimas abusadas ou assustadas e como Media Partner da ONU Mulheres, trabalhando para promover o projeto UN Women para lutar contra a violência de gênero e de lutar por um fim ao sexismo, racismo e homofobia.
Vegano, é também Media Partner da Humane Society International, lutando pelos direitos dos animais. Ele é diretor e editor-chefe da versão em Português do Pravda.Ru desde o lançamento em 2002.