O chanceler da Rússia Serguei Lavrov (foto) questionou, nesta segunda-feira (29), o pedido do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon ao governo sírio, para que permita a entrada de uma equipe da organização no país, para investigar o eventual uso de armas químicas.
A Rússia advertiu contra a repetição do cenário iraquiano na Síria, ao afirmar que as informações sobre o uso de armas químicas pelo regime sírio não devem servir de pretexto para uma intervenção militar no país.
O chefe da diplomacia russa questionou o pedido de Ban dizendo que a "solicitação do secretário-geral, em referência a um evento já esquecido, nos recorda as tentativas de repetir na Síria uma prática similar à do Iraque, quando eram procuradas armas de destruição em massa", disse o ministro russo, cujo país é um dos aliados do regime de Damasco.
Lavrov acusou alguns países de utilizar a ameaça da existência de armas químicas como um pretexto para uma intervenção militar na Síria. "Há governos e personagens externos que pensam que todos os meios são apropriados para derrubar o regime sírio", disse Lavrov. "Mas o tema do uso de armas de destruição em massa é muito grave, não se deve brincar com isto", completou.
Atores proeminentes da política internacional, como os EUA, alegaram recentemente o uso de armas químicas por parte do regime sírio, e senadores republicanos do governo estadunidense aumentaram a pressão sobre o presidente Barack Obama, para promover uma intervenção militar contra a Síria, em mais uma ingerência imperialista manipulada, como foi a invasão do Iraque, em 2003.
Do Vermelho com agências