Os conselheiros militares russos não deixaram a Síria, como foi anteriormente anunciado pela mídia ocidental, disse o general Nikolai Makarov, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Rússia.
"Não temos nenhuma intenção de retirar as tropas russas da Síria — disse Makarov. "O programa de cooperação militar entre a Rússia e Síria está se cumprindo segundo os pontos, apesar das tentativas de algumas forças destabilizar o país. É muito cedo para falar "da Rússia fugindo da Síria".
A Rússia tem centenas de especialistas na cidade de Tartus, o segundo maior porto da Síria aos 220 km a nordeste de Damasco, sua única base naval no exterior, além de mais uma em Sebastopol (Ucrânia). Durante os tempos da Guerra Fria o porto sírio de Tartus acolheu uma base soviética e é agora um centro de manutenção e abastecimento da Frota russa.
Declaração é oportuna e mostra que Moscou não tem a intenção de reduzir os laços militares com Damasco. É claro que os especialistas russos não ficam envolvidos no conflito armado. Sua função é ajudar o governo sírio para organização de actividades com fins de repelir a agressão externa possível, bem como a assistência no desenvolvimento e manutenção da arma tecnologicamente avançada e equipamento militar anteriormente fornecido pela Rússia à Síria.
Mas não só os militares russos trabalham na Síria, também alguns elementos das forças especiais dos países da OTAN. De acordo com a mídia ocidental, referindo-se a fontes militares, o número total de soldados das forças especiais britânicas na Síria ultrapassa 200. Junto com eles há unidades de tropas dos Estados Unidos e da França.
Há evidências de uma estreita coordenação entre os serviços de inteligência da Otan na obtenção de informações sobre os eventos atuais na Síria. Em particular, os EUA concentraram seus esforços nas operações de reconhecimento espacial opto eletrônico e eletrônico. Objetivo é o controle das unidades das Forças Armadas da Síria envolvidas na luta contra os rebeldes, abrindo posições da defesa antiaérea síria, e identificação dos alvos para um ataque aéreo possível.
Estão a activar o seu serviço os centros de inteligência electrónica da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), bem como os departamentos da NSA, operando com base em uma série de embaixadas dos EUA na região. O objectivo é interceptar conversas do comando sírio em redes de comando e controle, e controlar as negociações pessoais de altos funcionários da Síria e de seus famílias realizadas por telefone celular, e-mails e outros meios de comunicação.
Estão rastreados em tempo real todos os movimentos e localização do atual presidente, Bashar al-Assad, e de outras figuras-chave na liderança síria militar e política. EUA estão prontos para ataca-los, se for necessário, com drones MQ-9 Reaper para liquidar Assad durante uma operação especial, a participação da qual pretendem posteriormente negar.