O chefe da comissão parlamentar das Relações Internacionais, Alexei Pushkov, considera a probabilidade muito alta do Congresso norte-americano aprovar uma lei chamada de " Lista de Magnitsky ." Ficou claro na segunda-feira (25), depois da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA ter apoiado por unanimidade um projeto desta lei.
Prevê a proibição de entrada nos Estados Unidos dos 60 funcionários públicos russos e a apreensão de bens deles. Essas pesoas, segundo Washington, são envolvidos na morte do Serguei Magnitsky, um advogado a ter trabalhado para o fundo Hermitage Capital Manegment e falecido em novembro de 2009 por doenças crônicas em uma prisão da capital russa. Anteriormente, a Comissão das Relações Exteriores da Câmara dos Deputados do Congresso dos EUA aprovou também o projeto de lei .
"Precisam dele (do projeto), a fim de satisfazer o reflexo anti-russo do Senado dos EUA e da grande parte do Congresso (Câmara dos Deputados), porque já esta claro que o Congresso revogará denominada alteração de Jackson-Vanik, uma lei da época da Guerra Fria, que restringe o comércio dos EUA com a Rússia ", — disse Alexei Pushkov ao "Pravda.Ru.
Segundo Pushkov, o Congresso não poderia agir de outro jeito. " Se não revogar alteração de Jackson-Vanik será um duro golpe aos interesses das companhias americanas, que depois da Rússia ter ficado o membro da OMC terão menos acesso ao mercado russo do que antes", disse.
"Para o benefício dos Estados Unidos é vantajoso de levantar a alteração de Jackson-Vanik. Mas como compensação os legisladores anti-russos precisam de aprovar a" lei de Magnitsky ", que visa principalmente complicar as relações com a Rússia a nível político. Ou seja, os americanos removem a correção econômica anti-russa e aceitam uma lei política anti-russa ", — disse o chefe da Comissão .Ele acredita que a administração de Barak Obama "parece ser incapaz de bloquear a adoção da lei e não quer confronto sobre este assunto com o Congresso."
"É por isso há muitas dúvidas que a administração de Obama impeça a aprovação da presente lei", — disse Pushkov. Na sua opinião, as implicações da lei serão negativas. "A Rússia já avisou que iria responder de forma adequada, ou seja, será elaborada uma lista de funcionários norte-americanos ou pessoas que haviam trabalhado antes no sistema de Estado dos EUA, os quais suspeitamos de violações maciças dos direitos humanos. Essas pessoas vão ser privadas do seu direito de entrada para a Rússia.", — disse Alexei Pushkov.
"Além disso, é possível que a lei tenha um impacto negativo sobre a capacidade das empresas norte-americanas na Rússia, porque é claro que após a aprovação dela a liderança russa será bastante negativa para tratar dos projetos com a participação das empresas norte-americanas e provavelmente vai procurar outros parceiros." —, disse.
"Então, na minha opinião, a aprovação da presente lei não beneficia não os Estados Unidos nem a Rússia, pois, a lei é obviamente contra a soberania da Federação Russa. Nós tratamo-lo muito a sério ", — concluiu o chefe da Comissão. Em relação ao projeto de lei norte-americana Magnitsky, que iria proibir a entrada nos EUA de autoridades russas envolvidas em situações que violem os direitos humanos, o presidente Vladimir Putin demonstrou indignação. "Não entendo qual é o valor dessa medida."