-... Oi Mãe, eu estou aqui, eu sempre estarei aqui, haja o que houver, custe o que custar, estarei sempre aqui ao seu lado.
A sra não se lembra, não importa, não se recorda mas eu canto para a sra as mesmas canções que a sra cantou para eu dormir...
A sra não se lembra, mas eu conto as mesmas histórias que a sra me contava quando eu era sua filha criança...
Agora a sra é a minha mãe-menininha, e eu falo, brinco, rodeando-a, canto, conto histórias.
A sra me olha com algum fósforo de brilho nos olhos murchos, porque sabe que eu estarei para sempre em seu coração, como a sra estará para sempre no meu DNA
E um dia cantarei as mesmas musiquinhas para uma filha, uma neta, uma sobrinha.
E contarei os mesmos causos para ela, e então elas saberão que eu vim da sra, que eu sou a sra, e a sra estará para sempre em minhas mais ricas e doces memórias.
E quando eu for bem velhinha e fofa como a sra, e não me lembrar de nada também, haverá de haver alguma bisneta com a sua carinha, os seus gestos, o seu jeitinho doce de ser, e com açúcar e com afeto tomará a minha mão...
E me tirará para dançar uma dança imaginária... de bons tempos em que estávamos todos juntos, alvoroçados, quando ninguém estava morto, éramos uma família...
E eu então dentro de mim, como uma luz de menta na correnteza do espírito elevado, voarei na imaginação, habitarei o reino da fantasia, e lá a sra será minha estrela-guia
Até eu ser recolhida para ir morar no céu com a sra. Mas levarei nos meus olhos a sua coragem, a sua luz, o seu exemplo, o seu quinhão de honradez, a sua lágrima mais luz
E um dia lá no céu quando eu a reencontrar, a sra então de novo bela e lúcida e formosa se lembrará alvissareira de mim, há de haver esse dia...
E eu tb me lembrarei da sra, seremos rio e canoa, corpo e alma, música e ritmo, mãe e filha...
Então juntos dançaremos aquela canção de nosso tempo chamado "algum lugar do passado"
E juntos riremos muito de canções infantis e historias para estrelas dormir.
Dorme agora mãe, dorme. Eu vigio seu sono.
Pega minha mão, sonhe com os anjos, meu anjo...
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Principais sintomas que são característicos da doença:
1) A pessoa se perde na rua ou em espaços antes conhecidos. Exemplo: sai de casa e não sabe como voltar.
2) Guarda objetos e não lembra onde colocou ou repete muito a mesma pergunta.
3) A pessoa pode lembrar muito bem o que aconteceu há 40 anos, mas não consegue recordar uma situação do dia ou semana anterior.
4) Esquece como usar aparelhos que usa todos os dias, como máquina de cartão ou televisores. Não se lembra de senhas.
5) Muda hábitos de forma negativa. Gostava de cozinhar, por exemplo, e agora não o faz mais porque não lembra como fazia.
6) Apresenta alterações na linguagem, desaprende palavras.
7) Em uma fase mais avançada da doença, a pessoa não consegue se vestir, ir ao banheiro, tomar banho sozinha.
1. O que causa a doença?
A causa é desconhecida, mas os cientistas já descobriram que ela não é provocada por envelhecimento ou infecções, nem tem relação com o uso do cérebro.
2. Como é descoberta?
Por meio de testes que avaliam juízo, atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação, pensamento e linguagem. Outros exames, como tomografia cerebral e ressonância magnética, também ajudam a confirmar a doença.
3. Há algum tratamento?
Sim, feito com remédios e terapias específicas para reabilitar as funções neuropsicológicas. O tratamento é fundamental e deve ser iniciado o mais rápido possível, para deter o avanço da doença.
4. Tenho um parente com Alzheimer, devo me prevenir?
Sim. Fique atenta aos sintomas e procure um médico caso perceba algum sinal da doença.
5. E se ele não me reconhecer nunca mais?
Há quem viva uma perda semelhante ao luto, que tende a piorar com a evolução da doença. Procure um psicólogo ou converse com o médico do paciente para enfrentar essa situação dolorosa.
6. O que digo às crianças quando o avê delas não as reconhecer?
Fale a verdade. Conte a elas que o vovô tem uma doença que o faz perder a memória. Mesmo assim, estimule seu filho a participar de atividades junto ao avô.
7. Como deixar o paciente mais confortável?
Ao perder a memória, o doente pode se sentir muito confuso. Por isso, não insista nem pressione para que ele se lembre de alguma coisa, só ajude-o a se situar no momento presente. Se nada adiantar, convide-o para dar um passeio e mude de ambiente. Sua postura é o que fará a diferença.
Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/saude/ana-maria/mal-de-alzheimer-principais-causas-e-cuidados
TESTE PARA DETECTAR O PROBLEMA, VEJA O LINK
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150816_alzheimer_perguntas_pai
OU AINDA
http://www.abcdasaude.com.br/neurologia/doenca-de-alzheimer
Silas Corrêa Leite
E-mail: poesilas@terra.com.br
Silas Corrêa Leite, Professor, Geografia História, Jornalista Comunitário e diplomado conselheiro em Direitos Humanos e Cidadania - SP, Brasil. De Itararé-SP. Prêmio Lygia Fagundes Telles Para Prof. Escritor, Governo de SP; Prêmio Literal, Fundação Petrobrás, Curadoria Heloisa Buarque de Hollanda; Prêmio Biblioteca Mário de Andrade de Poesia, Secretária Municipal de Cultura de SP/Marilena Chauí; vencedor do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores, promovido pela USP. Autor de vários livros, entre eles Porta-Lapsos, Poemas, Campo de Trigo Com Corvos, Contos, Desvairados Inutensílios, Poemas, romances: GOTO, A Lenda do Reino do Barqueiro Noturno do Rio Itararé; TIBETE, De quando você não quer mais ser gente; O Marceneiro, A última tentativa de Cristo; GUTE-GUTE, Barriga experimental de repertório, O lixeiro e o presidente, etc. Estudou Geografia, é Especialista em Educação pela Universidade Mackenzie. Colabora em mais de 800 sites, até na América Espanhola, Europa, Ásia e África. Seu Estatuto de Poeta foi vertido para o espanhol, inglês, francês e russo. Entrevistado nos Programas Momento Cultural, de Márcia Peltier, na Rede BAND de Televisão, e Metrópolis e Provocações (Antonio Abujamra), TV Cultura de SP. O autor está em quase todas as redes sociais. Contatos: poesilas@terra.com.br. O autor está presente em todas as redes sociais.