Uma questão premente. Como sair do capitalismo (concl)

 

Uma questão premente. Como sair do capitalismo (concl)

Poulantzas enquadrava a realidade humana em três grandes esferas - a económica, a política e a ideológica ou cultural. 

1 - Um quadro global de abordagem

Poulantzas enquadrava a realidade humana em três grandes esferas - a económica, a política e a ideológica ou cultural. 

Os escravos, eram, antigamente, para os seus donos, simples meios de produção, animados e tão versáteis que até se podiam reproduzir, tal como os cereais ou o gado, no âmbito da propriedade do senhor a quem competia arcar com os escravos, enquanto custos de produção e garantir a sua produtividade. Nesse contexto de desumanização do escravo, toda a produção era da posse do senhor e o excedente económico era utilizado de acordo com as suas necessidades e caprichos. Os servos da gleba não eram simples meios de produção mas súbditos com um conjunto bem definido de obrigações face ao senhor, no capítulo da carga tributária (entrega de cereais, por exemplo) e da prestação de serviços (por exemplo, como militares).

O capitalismo libertou os servos e os escravos dos vínculos a senhores, não por espírito humanitário mas, porque desvinculando-se de responsabilidades quanto à sua existência e manutenção, a sobrevivência do trabalhador forçá-lo-ia a um maior esforço, a uma maior produtividade, daí resultando aumento da rendabilidade do capitalista. Os trabalhadores, autónomos na decisão de venda da sua força de trabalho eram parte de contratos formais ou implícitos de trabalho, com mais ou menos direitos, de acordo com a conjuntura política, económica e a força das movimentações laborais ou revolucionárias. Eram formalmente "livres" de vender ou não a sua força de trabalho; tal como o são, hoje.

A última crise estrutural, o fim da quarta onda de Kondratiev (anos 70) assinalou a passagem do capitalismo de perfil keynesiano - com forte intervenção do Estado na produção e como garante de direitos avançados para os trabalhadores - para o modelo neoliberal que acelerou a globalização, segmentou a produção e domesticou ou destruiu os poderes sindicais e das organizações ditas de esquerda. A derrocada soviética acelerou esse processo, fortaleceu os capitalistas e os seus partidos, anulando também as referências que mantinham vivas as organizações de perfil trotsko-estalinista, reconduzidas à defesa pouco convicta de uma frouxa ou pretensa social-democracia, quando não a um perfil vincadamente de direita radical, com apostas isolacionistas, nacionalistas e de "elevação" patriótica.

 

2 - Caraterização da actual paisagem neoliberal

A entrada no neoliberalismo maduro conduziu a vários fenómenos novos;

 

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http://grazia-tanta.blogspot.pt/2018/04/uma-questao-premente-como-sair-do.html

 


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Pravda.Ru Jornal