UE dá luz verde a estrutura de comando militar centralizado
A criação de um centro de comando europeu para missões no exterior foi aprovada ontem, em Bruxelas, na sessão de trabalho conjunta dos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros dos 28. Mais militarismo é dito como «protecção dos cidadãos».
A sessão de ontem (6), caracterizada como «excelente» pela Alta Representante para a Política Externa da UE, Federica Mogherini, deu sequência ao aprofundamento do militarismo no seio da União Europeia, com a aprovação de uma estrutura central europeia de planificação e condução operacional de missões e operações militares.
Em declarações aos jornalistas no final do encontro, Mogherini sublinhou que, «seis meses depois de termos começado a reforçar o trabalho conjunto sobre a segurança e a defesa na UE (...), tomámos as nossas primeiras decisões operacionais», numa área onde, «tradicionalmente», os estados-membros sempre estiveram mais divididos.
Agora, por unanimidade, os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros dos 28 decidiram criar um «quartel-general» para as suas operações militares «não executivas» no estrangeiro, que actualmente são três: na Somália, no Mali e na República Centro-Africana.
Para Mogherini, esta estrutura que centraliza a cooperação europeia a nível militar, «tornando-a mais eficiente» nas missões de treino da UE em África, constitui uma mensagem clara por parte dos ministros ontem reunidos em Bruxelas: «Estamos a avançar bem em direcção a uma cooperação reforçada ao nível da Defesa. Trata-se de proteger os nossos cidadãos», disse.
Por seu lado, a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, para quem um centro de comando como este «já devia ter sido criado há muito», afirmou: «Demos um passo muito importante para a segurança e a união da Defesa da Europa», indica a Agência Lusa.
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